Uma mulher de 48 anos foi presa nesta quarta-feira (30) por permitir que a filha, que tem 13 anos de idade, se relacionasse com um homem de 35 anos, que também foi detido. O caso aconteceu na área rural de Rio Azul, na região central do Paraná.
Os dois adultos foram autuados pelo crime de estupro de vulnerável, devido à adolescente ter menos de 14 anos, como explica o delegado Thiago França.
Segundo ele, o homem admitiu que teve relações sexuais com a adolescente e disse que eles estavam morando juntos, na casa da mãe da menina, havia cerca de três semanas. O caso foi denunciado à Polícia Civil pelo Conselho Tutelar.
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Durante as investigações, a corporação descobriu ainda que a mãe pediu um teste de gravidez para a adolescente em 2024, quando ela possuía 12 anos de idade, e que em 2025 ela passou a fornecer remédio anticoncepcional à menina.
Para o delegado, ambas as situações reforçam que a mulher tinha “conhecimento e anuência com a situação de abuso”.
Após a prisão da mãe e do homem, a adolescente foi levada até a casa da avó. Na casa em que ela morava com os detidos também vivem o irmão dela, de 10 anos, e o padrasto – que, segundo o delegado, não será responsabilizado por não exercer poder familiar em relação à menina.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados para preservar a identidade da vítima.
O delegado Thiago França conta que, quando a polícia chegou na casa da família, encontrou apenas a adolescente e o homem de 35 anos. Segundo ele, ambos admitiram que mantinham um relacionamento.
“Durante conversa informal, ambos confirmaram que mantinham relacionamento havia aproximadamente um mês e estavam morando juntos havia cerca de três semanas, dividindo a mesma cama e quarto na residência da mãe da adolescente. O homem confirmou ter conhecimento da idade dela, e ambos admitiram manter relações sexuais”, detalha.
Segundo o responsável pelas investigações, a mãe da menina foi localizada posteriormente, no seu local de trabalho. Ele afirma que ela “se mostrou desrespeitosa” e não obedeceu às determinações para acompanhamento da situação, cedendo após insistência da equipe policial.
“As investigações revelaram que a mãe, na posição de garantidora dos direitos da filha, havia autorizado que o suspeito morasse na casa da família e mantivesse relações sexuais com a vítima”, finaliza o delegado.