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Mulher é assassinada pelo ex-marido 3 dias após pedir medida protetiva

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Dalva Paterno da Silva, de 56 anos, foi assassinada dentro de casa por homem que não aceitava o fim do relacionamento. Suspeito está foragido.

Uma mulher de 56 anos foi morta a facadas na tarde desta segunda-feira (4), dentro de casa, no bairro Figueira, em Gaspar, no Vale do Itajaí (SC). A vítima, identificada como Dalva Paterno da Silva, havia denunciado o ex-companheiro Antônio Marcos da Silva, de 55 anos, por violência doméstica apenas três dias antes do crime.

De acordo com a Polícia Militar, a Justiça havia expedido uma medida protetiva em favor de Dalva na última sexta-feira (1º), e o agressor foi oficialmente notificado no sábado (2), sendo proibido de se aproximar da vítima. Mesmo assim, Antônio invadiu a residência e desferiu diversos golpes de faca contra a ex-esposa.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas, mas Dalva não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Após o crime, o suspeito fugiu para uma área de mata próxima. A Polícia Militar iniciou buscas com o apoio do helicóptero Águia, do canil e de equipes do Tático. Até o momento, o homem continua foragido.

Vítima já havia sofrido anos de violência

Segundo relatos de familiares e do advogado Gilnei Oliveira, que auxiliou Dalva no processo de divórcio, ela foi vítima de violência doméstica durante os 38 anos de casamento com Antônio. A separação foi oficializada em 16 de julho.

— Ela era uma mulher muito querida, batalhadora, que sonhava com uma nova vida após o divórcio. Estava feliz, dizia que agora finalmente ia poder ser feliz — contou o advogado.

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A filha da vítima, Tatiana, relatou que as agressões começaram ainda quando ela era criança e continuaram por décadas. “Ele sempre ameaçava, viviam discutindo. Quando éramos pequenos, víamos ele bater na mãe. Depois que crescemos, conseguimos defender ela, tirar ele de casa. Ele já chegou até a ser preso”, contou emocionada.

Uma vida marcada pela luta

Dalva era mãe de três filhos, trabalhava à noite em uma fábica, fazia faxinas durante o dia e ainda cuidava dos netos para ajudar a filha a trabalhar. Segundo pessoas próximas, era conhecida por sua dedicação à família e generosidade com vizinhos e amigos.

A morte de Dalva gerou comoção na comunidade e reacendeu o debate sobre a eficácia das medidas protetivas e a urgência em ampliar ações de combate à violência contra a mulher.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O agressor segue sendo procurado.