Uma investigação que iniciou no final do mês de janeiro, culminou na prisão de um jovem de 22 anos, ocorrida no último dia 20 de fevereiro, em Chapecó/SC.
O jovem é suspeito de pedofilia e de participação em crime de estupro de vulnerável e armazenamento de material de pornografia infantil.
A investigação começou quando a mãe de um menino de 11 anos, procurou a polícia de Pato Branco/PR, denunciando que uma pessoa utilizando perfis falsos nas redes sociais o obrigou, sob ameaça, a fazer vídeos com cenas de sexo, incluindo o irmão de cinco anos.
O jovem se passava por mulher, nas Redes Sociais, para atrair as vítimas. Reprodução/RPC TV |
Ela disse ainda que descobriu as conversas entre o filho e o suposto pedófilo, que se passava por mulher, depois de estranhar o comportamento do menino, que passou a ficar nervoso e agressivo.
A polícia civil conseguiu, com a ajuda da direção da Rede Social (Facebook), nos Estados Unidos, identificar o suspeito que se fazia passar por mulher, em perfis falsos.
Prisão
A operação “Anjo da Guarda”, para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, foi deflagrada pela Polícia Civil de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, em conjunto com a Polícia Civil de Chapecó/SC onde o suspeito foi preso.
Na casa do jovem foram apreendidos um computador e telefones celulares.
No aparelho que grava imagens das câmeras de segurança da casa dele, a polícia encontrou 50 pastas com vídeos e fotos com pornografia infantil.
De acordo com o delegado Nilmar Manfrin, a perícia feita indica que, das 52 crianças e adolescentes com quem o suspeito, de 22 anos, conversou pela internet, 40 enviaram vídeos a ele.
A análise dos conteúdos encontrados no computador revelam vítimas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Manfrin explicou ainda que mesmo as vítimas não tendo encaminhado os vídeos, as conversas já caracterizam crime por ter exigido que fossem feitos e enviados a ele.
O delegado adiantou que o suspeito será indiciado por tentativa e estupro de vulnerável, tortura, por coagir e recrutar crianças a se exibirem e por armazenar vídeos pornográficos com crianças e adolescentes.
\”É muito importante, nós pais que temos filhos pré-adolescente e adolescente, ver todo dia, tirar cinco minuto e olhar o telefone, olhar o tablet ou o notebook, que seja o que for que mantenha acesso à internet. É muito importante. Pra não acontecer o que aconteceu comigo. Porque eu achei que nunca ía acontecer isso comigo e aconteceu\”, alerta a mãe do menino de 11 anos.