Em época distante (aproximadamente em 1847), comerciantes de Curitiba, em acordo com fazendeiros gaúchos, abriram uma estreita mas extensa picada, a qual partindo de Rio Negro seguia para o Rio Grande do Sul.
Canoinhas em 1926. Foto: Acervo de Guerda Loeffler |
Com o progresso que começava a dominar a nova localidade e seus arredores, o governo catarinense criou, em 1904, o Distrito de Santa Cruz de Canoinhas.
Pelo Coronel Vidal Ramos, que na época ocupava a suprema magistratura do estado, foi assinada a Lei nº 907 de 12 de setembro de 1911, desmembrando o Distrito de Canoinhas de Curitibanos e elevando a sede do município a Vila.
A população, líderes e pessoas influentes reagiram aos ataques em luta armada e o Prefeito Manoel contava com pequeno grupo do Regimento de Segurança de Santa Catarina, uma unidade de soldados do 16º Batalhão de Infantaria do Exército e grande número de civis para resistir à investida.
O primeiro ataque a vila aconteceu na noite de 14 para 15 de julho de 1914.
Após o segundo ataque à vila, dia 17 de julho de 1914, Tomás Vieira fugiu. Diante dos acontecimentos a vila transformou-se numa praça de guerra e restaram muitos mortos.
Depois do conflito, Canoinhas se desenvolveu e o município teve sua economia reativada pelo extrativismo vegetal da erva-mate e madeira.
Somente em 20 de outubro de 1916, o acordo entre os dois Estados foi assinado e o município foi incorporado ao território catarinense.
Manoel Tomás Vieira faleceu em 3 de junho de 1927, em Canoinhas.