Anúncio de “possível” restauração da Estação Ferroviária em Marcílio Dias deixa comunidade em expectativa

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Estação Ferroviária quando ainda denominava-se \’Estação Canoinhas\’. Arquivo
O anúncio de liberação de recursos para obras de restauração da Estação Ferroviária, localizada no distrito de Marcílio Dias, criou, mais uma vez, expectativa e esperança na comunidade.
O anúncio foi feito pelo ministro Osmar Terra, durante a entrega das obras de restauração do Museu Victor Meirelles, em Florianópolis, no último sábado (25).
O investimento de R$ 21 milhões, oriundos do Fundo de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, será para projetos de preservação do Patrimônio Cultural de Santa Catarina, segundo o ministro.
A esquerda, foto do Restaurante anexo a Estação Ferroviária de Marcílio dias, tirada em 2002. A direita, foto atual. Um verdadeiro patrimônio cultural literalmente desabando.
O Forte de Santana do Estreito, o Forte de São José da Ponta Grossa, o Forte de Santo Antônio de Ratones, o Museu Nacional da Imigração (em Joinville) e a Estação Ferroviária de Canoinhas serão contemplados com investimentos para as obras de restauração.
O \”serão contemplados\” não especifica quando, como, nem quanto será destinado às obras de restauração da estação de Marcílio Dias. Tomara que a comunidade não fique somente na expectativa da promessa. Como sempre.

A história da Estação Ferroviária de Marcílio Dias

Originalmente ela denominava-se estação Canoinhas, aberta em 1913. Foi esta estação uma das atacadas e incendiadas durante a guerra do Contestado, nesse mesmo ano.

Esta estação, junto com mais cinco da linha e sucessivas a esta, foi invadida durante as escaramuças do Coronel Fabrício e seus bandoleiros, que queriam a criação do Estado do Iguaçu, compreendendo a zona do antigo Contestado, em 1927 e 1928.

Com a abertura do curto ramal de Canoinhas, em 1930, ela passou o entroncamento com esse ramal, e teve alterado o seu nome para Marcílio Dias, em homenagem ao marinheiro gaúcho, herói da Guerra do Paraguai, que morreu enrolado na bandeira do Brasil para não ter de entregá-la aos paraguaios, na batalha do Riachuelo, em 1865.

A nova estação de Canoinhas passou a ser a da ponta do ramal. O ramal foi desativado para passageiros no final dos anos 1960 e desativado definitivamente em 1976.