Filho da professora, de 7 anos, foi diagnosticado com uma doença autoimune que não tem cura. Foto: Montagem/Reprodução/Arquivo pessoal |
Amor ao próximo, respeito, gratidão, reconhecimento. Não há uma palavra só para definir o gesto solidário de uma turma de formandos ao entregar o dinheiro da formatura à uma professora, para ser usado no tratamento do filho.
A emocionante história aconteceu no município de Pontes e Lacerda, a 443 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, com estudantes do terceiro ano do Ensino Médio de uma Escola Estadual.
Eles doaram o dinheiro arrecadado para a festa de formatura ao longo do ano para a professora de Artes Visuais, de 37 anos.
Alunos do 3º ano doaram o dinheiro da formatura para ajudar no tratamento do pequeno Enzo. Foto: Arquivo pessoal |
“Não pensamos tanto pelo lado de não ter uma comemoração da nossa sala. Pensamos mais em ajudar a professora que estava precisando. Foi uma coisa simples. Lançamos no grupo e todo mundo concordou”, contou um aluno.
O filho da professora tem uma doença autoimune que não tem cura. Foto: Arquivo pessoal |
“Eu percebi que eles estavam me cercando e perguntei o que estava acontecendo. Eles disseram que queriam falar comigo e me entregaram o dinheiro. Minha primeira reação foi negar, afinal, tratava-se da quantia arrecadada durante todo o ano para a festa de formatura deles, mas eles insistiram e eu comecei a chorar”, disse emocionada.
“A atitude deles faz a gente entender que o mundo ainda vale a pena, que ainda há esperança e que no meio de tanta maldade ainda há pessoas boas, que têm um bom coração”. |
Com certeza você já ouviu o ditado \’gentileza gera gentileza\” não é? A ação dos alunos logo se espalhou por toda a cidade e comoveu a população.
Com a repercussão do ato de solidariedade, empresários da região se reuniram e presentearam a turma com uma festa de formatura, que aconteceu na última quarta-feira (18).
Com a ajuda dos alunos, Lucilene conseguiu ir para São José do Rio Preto e o filho já passou na consulta com o especialista, que fez mudanças nos medicamentos, e em três semanas ele já apresentou uma significativa melhora.