Insetos juntos podem consumir em um dia a quantidade de pasto equivalente a 2 mil vacas ou 350 mil pessoas. |
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) informou nesta terça-feira (23) que tem acompanhado a questão da nuvem de gafanhotos que está na Argentina e pode chegar ao Brasil, e pede aos produtores, especialmente na região da fronteira, que avisem o órgão caso percebam algo nesse sentido.
A nuvem de aproximadamente um quilometro quadrado pode conter até 40 milhões de gafanhotos. O engenheiro agrônomo argentino Héctor Medina disse à agência Reuters que os insetos consomem, por dia, o equivalente às refeições de 350 mil pessoas.
A Faesc, por meio da assessoria, disse que caso a nuvem de gafanhotos chegue ao estado, a solução adotada pelos produtores será usar a aviação agrícola para lançar defensivos químicos sobre os insetos.
Os insetos são oriundos do Paraguai, onde destruíram plantações de milho, e chegaram no território argentino no fim da última semana. Uma projeção do país prevê que os gafanhotos podem atingir o Oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, colocando em risco as lavouras.
Plaga de langostas llega a Argentina: comen como 350.000 personasLos voraces insectos provienen de Paraguay y tienen en alerta a los agricultores de la provincia de Formosa.
Los productos amenazados por estos insectos son los cultivos de mandioca, maíz, caña de azúcar. pic.twitter.com/1KDB2VjGHo
— 𝑱𝒐𝒓𝒈𝒆 𝑹𝒂𝒗𝒂𝒏𝒂𝒍𝒆𝒔 𝑨. #QuedateEnCasa (@jravanales) June 19, 2020
A Cidasc diz que ainda aguarda diretrizes do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) para definir o que será feito em relação aos insetos.
Esse contato já foi feito e estamos aguardando. Normalmente depois dessa orientação é montado um plano de contingência\”, explicou a gestora da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do órgão catarinense, Fabiane dos Santos.
A gestora afirmou que essa espécie é do Hemisfério Sul e que manifestações assim ocorrem em anos mais secos, como o atual.
A gestora diz que os produtores devem ficar alertas e que, caso notem alguma coisa fora do normal, devem entrar em contato com a Cidasc. Segundo ela, ainda é preciso definir quais serão os procedimentos que serão adotados para controle dessa praga.