Ferramenta permite busca de alunos que não realizam atividade remota em SC

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Divulgação

Mais de 6 mil alunos das redes municipais de educação catarinenses que não realizavam as atividades remotas estão sendo acompanhados por uma ferramenta de busca ativa criada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A busca ativa é feita quando estudantes não apresentam uma atividade proposta pelos professores ou pela escola a partir de sete dias úteis depois do prazo estabelecido

As unidades escolares, por meio de seus diretores ou equipes pedagógicas, preenchem formulários individuais para cada aluno. O link para o preenchimento do formulário foi encaminhado para todas as Secretarias Municipais de Educação.

O procedimento de busca ativa tem, entre outras funções, a de conhecer a realidade dos estudantes, identificar necessidades e demandas das famílias e dos territórios, manter o vínculo com a escola e auxiliar no planejamento de ações da rede socioassistencial e educacional para a prevenção da evasão escolar. 

Além disso, o instrumental é um documento-base para as deliberações e estratégias de intervenções que se mostrarem necessárias pela rede de proteção, tanto neste período quanto no retorno às aulas presenciais.

O MPSC ressalta que o formulário não é um instrumento de simples encaminhamento do caso para outro órgão. O documento pertence à escola, que, identificando uma situação que ultrapasse a sua esfera de atuação, tem o poder e o dever de chamar os demais órgãos da rede de proteção, de acordo com o tipo de violação de direito constatado, para construir um plano individual e familiar de atendimento para o caso.

O formulário foi elaborado a partir da suspensão do programa APOIA – exclusivamente voltado ao combate da evasão escolar no ambiente presencial – e tendo em vista que o modelo remoto de realização de atividades, alternativa adotada diante da necessidade de minimização dos efeitos da pandemia de covid-19, pode ser um fator de agravamento das desigualdades sociais e um potente gerador de conflitos familiares.

Ferramenta criada pelo Ministério Público de Santa Catarina já permitiu a busca ativa de mais de 6 mil alunos catarinenses.