saude

Eles são muitos e estão por aí: ao deparar-se com um gambá, não o maltrate

Avatar photo
O gambá é um animal silvestre nativo e protegido por Lei Federal.

LEIA TAMBÉM

Nesta época do ano, moradores da zona urbana podem se surpreender com a quantidade de gambás andando pelas ruas, casas, praças e condomínios.

O cenário é consequência direta da fase reprodutiva da espécie, entre os meses de julho e novembro, já que agora os filhotes ganham liberdade para sobreviver na natureza sem ajuda materna.

O gambá não é um roedor, é um marsupial, como um canguru. A espécie se adaptou tão bem às áreas urbanas que é muito comum encontrá-lo em quintais, no forro de residências,etc.

Equivocadamente, os humanos associam os gambás à sujeira, confundem com ratazanas ou simplesmente os negligenciam pela aparência.

Seus hábitos são noturnos. Por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos.

No cenário urbano, são responsáveis pelo controle de pragas e animais que ofereçam risco a saúde pública. Se alimentam de serpentes, aranhas e escorpiões, além disso, fazem o controle de pragas que transmitem doenças para os seres humanos, como raiva, leishmaniose, chagas, dentre outras zoonoses.

Quando acuados, eles costumam mostrar os dentes e produzir um som rouco, por isso, muitas vezes são atacadas por outros animais, como os cachorros.

Os gambás são animais bastante discriminados pela sociedade. A falta de conhecimento sobre sua relevância e importância ambiental acaba se tornando um dos principais motivos de agressão à espécie.

O encontro com um gambá, seja na área urbana ou rural, desperta medo, desconfiança e quase sempre é sucedido por ataques precipitados ao animal.
Uma das suas principais estratégias de defesa do gambá é a tanatose, quando mudam as características do corpo diminuindo a temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória, ficando imóveis quando tocados ou movidos. Esse período pode durar apenas alguns segundos, mas na maioria dos casos duram vários minutos.
Possuem glândulas paracloacais localizadas ao redor da cloaca. Estas glândulas são responsáveis por secretar uma substância de odor fétido, utilizada para defesa, marcação de território e acasalamento.
Resgate, Cuidados, Reabilitação e Soltura 
Para todo animal silvestre encontrado, recomenda-se que seja feito o contato com os órgãos responsáveis por autorizar o manejo da fauna silvestre (Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Polícia Militar Ambiental, IBAMA, entre outros).
Apenas um profissional de uma destas instituições ou médicos veterinários são legalmente competentes para autorizar a manipulação, o transporte e o atendimento de um animal silvestre.
Ou se preferir, deixe-o livre, não maltrate o animal. Cedo ou tarde ele encontrará outro local e fará ” a mudança” sozinho.
Manter cuidado para não deixar restos de alimentos (em lixeiras abertas), ração de cães e gatos no quintal, também ajuda a manter o animal afastado, se não o quiser por perto.