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Santa Catarina tem a maior ocupação de leitos de UTI Covid do Brasil

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Em edição especial, o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz publicou nota técnica com um alerta de que, pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais. 

O cenário alarmante, segundo a análise, representa apenas a ponta do iceberg de um patamar de intensa transmissão no país.
Diante disso, os pesquisadores acreditam ser necessária a adoção de medidas não-farmacológicas mais rigorosas.

O Boletim Extraordinário apresenta um conjunto de dados sobre casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no país – relativos ao Sistema Único de Saúde (SUS) – verificados em 1º de março, em contraponto aos observados em 22 de fevereiro.

Este crescimento rápido a partir de janeiro, de acordo com a investigação, é o pior cenário em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos em vários estados e capitais, que concentram a maior parte dos recursos de saúde e as maiores pressões populacionais e sanitárias que envolvem suas regiões metropolitanas.
Todos os estados estão na zona de alerta crítica, sendo que Santa Catarina está com o maior índice do país em ocupação de leitos de UTI, com 99%. 
Diante desse quadro, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.

“Estamos diante de novos desafios e de um novo patamar,
exigindo a construção de uma agenda nacional para enfrentamento da pandemia, mobilizando os diferentes poderes do
Estado brasileiro (executivo, legislativo e judiciário), os diferentes
níveis de governo (municipais, estaduais e federal), empresas,
instituições e organizações da sociedade civil (de nível local ao
nacional). 

Esta agenda deve combinar medidas de mitigação
que devem durar até o fim da pandemia, com medidas de
supressão sempre que a ocupação de leitos UTI Covid-19 estiver
acima de 80%, bem como as que envolvem campanhas de
comunicação para maior fortalecimento destas medidas”, diz o boletim.