O vereador Dr. Jairinho (sem partido) foi transferido na tarde de hoje (29), para uma cela comum do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O médico foi levado para o espaço coletivo após passar por uma “classificação de risco” na qual o diretor do presídio analisou a “aceitação” dos demais detentos para conviver com ele.
Antes, o político estava em uma cela que fica em uma das 5 galerias de Bangu 8 – local onde estão presos que possuem diploma de curso superior e também detentos que têm envolvimento em investigações da operação Lava Jato – um deles é o ex-governador Sérgio Cabral. Agora, ele divide espaço com outros detentos.
No mesmo dia em que foi preso, em 8 de abril, Dr. Jairinho passou mal. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o parlamentar foi atendido no ambulatório da unidade e precisou cumprir quarentena de 14 dias – medida adotada pela Seap devido a pandemia da covid-19.
Mas apenas oito dias depois, ele procurou novamente atendimento médico relatando sofrer dor de cabeça e tontura. Após ser medicado, precisou reiniciar a quarentena de 14 dias devido aos protocolos da secretaria.
Assim como o parlamentar, Monique Medeiros – mãe de Henry Borel – também foi presa e está detida no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, Região Metropolitana do estado. Ambos são acusados de atrapalhar as investigações da morte do menino ocorrida no dia 8 de março.
Desde que novos advogados assumiram a defesa de Monique Medeiros, eles têm tentado que a cliente preste um novo depoimento sobre o caso.
A atual defesa da professora afirma que ela foi coagida e treinada por Jairinho para mentir para a polícia. Apesar de não descartar essa segunda oitiva, o delegado Henrique Damasceno ainda não marcou o depoimento.
A prisão temporária de Jairinho e Monique vence no dia 7 de maio, e a polícia espera concluir o inquérito na semana que vem.
Para isso, falta receber o laudo da perícia toxicológica no corpo de Henry e o conteúdo resgatado em celulares apreendidos no dia da prisão do casal.