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Autor dos crimes em Saudades escolheu a creche pela “fragilidade das vítimas”, diz polícia

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Polícia descobriu que o jovem tinha intenção de matar pessoas de seu convívio familiar, mas como não conseguiu adquirir arma de fogo, escolheu a creche.

A Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira (14), em Chapecó, a conclusão do inquérito policial que apurou as mortes em uma creche municipal em Saudades, no Oeste de Santa Catarina.

Uma entrevista coletiva foi realizada pela manhã na Delegacia Regional de Chapecó, com a presença de representantes da Delegacia Geral e dos delegados da região, além do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O autor do crime, que está preso, foi indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio qualificada. O inquérito segue agora para o Judiciário e o Ministério Público de Santa Catarina.

De acordo com o delegado Jerônimo Maçal, responsável pelo inquérito, o homem preso agiu para matar o máximo número de pessoas na creche. “Ele agiu sozinho e consciente do que fez o tempo todo e planejou o crime desde o ano passado”, pontuou.

Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito chegou a ir trabalhar no dia do ataque e no intervalo do serviço, esteve em casa e depois foi para a creche.

“Ele queria matar o máximo possível de pessoas, agiu com este objetivo e estava com pressa porque queria atingir o máximo possível. Então, ele tentava entrar numa sala, não conseguia, ia correndo para outra”, disse o delegado.

Durante as diligências, a polícia descobriu que o jovem, inicialmente, tinha intenção de matar pessoas de seu convívio familiar, mas como não conseguiu adquirir arma de fogo, escolheu a creche pela “fragilidade das vítimas”, de quatro a cinco dias antes do ataque.

Sobre a motivação do crime, o delegado Jerônimo reafirmou que o autor era uma pessoa bastante isolada e que nos últimos tempos foi se distanciando cada vez mais.

“Ele também entrou em um mundo que começou a ter contato com muito material violento, ideias violentas e começou a alimentar ódio ao ponto de ele resolver descarregar tudo isso em alguém”.

Com as informações obtidas nos dispositivos eletrônicos, quatro estados brasileiros também foram informados por Santa Catarina sobre casos de pessoas que desejavam cometer ataques parecidos. Os detalhes e locais específicos não foram divulgados pela polícia para não prejudicar as investigações.

“Foi possível identificar que outras pessoas tinham intenções semelhantes ao do jovem de Saudades. Então, por causa, disso em razão da troca de informações, outros estados puderam agir e, possivelmente impedir que resultados semelhantes, condutas criminosas semelhantes”, disse o delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande.

Ataque

O ataque à creche aconteceu na manhã de 4 de maio. Três crianças de 1 ano e duas funcionárias, uma professora e uma agente educativa, morreram. Uma quarta criança ficou ferida, foi hospitalizada, mas recebeu alta no domingo (9).

O autor deu golpes contra si mesmo após o ataque e foi internado. Ele recebeu alta na quarta-feira (12) e foi levado ao presídio em Chapecó.

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