O papa Francisco lançou um apelo sincero pelo fim do “massacre” e do “ataque armado inaceitável” na Ucrânia, invadida pela Rússia desde 24 de fevereiro.
Após a oração do Angelus deste domingo (13), o pontífice argentino condenou a “barbárie” de matar civis, incluindo crianças, e implorou: “Em nome de Deus, peço que pare com este massacre”.
“Com dor no coração, uno a minha voz àquela das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se ponha fim aos bombardeios e aos ataques! Invista-se real e decididamente na negociação, e os corredores humanitários sejam efetivos e seguros”, disse o pontífice, durante sua mensagem.
O papa disse que a cidade portuária de Mariupol, no sul do país, severamente atingida, “tornou-se uma cidade mártir na guerra comovente que está devastando a Ucrânia”.
“Diante da barbárie do massacre de crianças, inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas, apenas o inaceitável ataque armado deve ser detido antes que reduza as cidades a cemitérios”, afirmou Papa Francisco.
“Peço a todas as comunidades diocesanas e religiosas que aumentem os momentos de oração pela paz. Deus é só Deus da paz, não é Deus da guerra, e quem apoia a violência profana o seu nome. Vamos agora rezar em silêncio por quem sofre e para que Deus converta os corações a uma firme vontade de paz”, convocou o Papa.
Em Mariupol, mais de 2 mil mortes
Mais de 2.100 habitantes da cidade ucraniana de Mariupol, no Vadym Boichenko, prefeito de Mariupol disse neste domingo (13), que mais de 2.100 mil habitantes da cidade morreram desde o início da ofensiva russa.
Segundo o conselho da cidade, os locais estão ficando sem suas últimas reservas de comida e água.
“Os ocupantes atacam cinicamente e deliberadamente edifícios residenciais, áreas densamente povoadas, destroem hospitais infantis e infraestrutura urbana (…) Até o momento, 2.187 habitantes de Mariupol foram mortos em ataques russos”, disse o prefeito da cidade no Telegram.
Além de informar que os locais estão acabando com a última reserva de água e comida, o conselho local acrescentou que as forças russas que bloqueiam a cidade continuam a bombardear alvos não militares.
Ucrânia diz que 7 hospitais foram completamente destruídos por bombardeios russos
O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, disse que as forças russas destruíram 7 hospitais ucranianos em bombardeios desde o começo da invasão, em 24 de fevereiro.
“Os ocupantes já destruíram 7 hospitais na Ucrânia que não podem ser reconstruídos”, disse Lyashko em entrevista à agência estatal de notícias da Ucrânia, Ukrinform. “Teremos que construir novos hospitais.”
Ele disse ainda que:
- 104 unidades de saúde estão danificadas, mas ainda podem ser restauradas
- 34 ambulâncias foram alvejadas, a maioria delas fora de serviço
- 6 médicos foram mortos em ataques
- 12 profissionais da saúde ficaram gravemente feridos
Por outro lado, Francisco aconselhou o acolhimento de refugiados vindos do país do leste da Europa e