Gilberto dos Passos, ex-prefeito de Canoinhas, e atualmente recolhido no Presídio Regional de Joinville há quase cinco meses, trocou, no fim de semana, seu time de advogados de defesa.
Desde sua prisão, Passos era defendido por Leandro Henrique Martendal, Marlon Charles Bertol e Wilson Knoner Campos, da Bertol Sociedade de Advogados, de Florianópolis. Quem assume agora são os irmãos Paulo e Luis Alfredo Glinski, da Glinski Advogados Associados, de Canoinhas.
A ‘troca’ acontece poucos dias após a apresentação de sua Defesa Prévia, onde seus advogados listaram um rol com mais de 50 testemunhas. No documento, Beto Passos se declarou inocente, reafirmando que jamais cometeu qualquer dos delitos narrados na denúncia.
Não se sabe (mas especula-se), qual será a estratégia de defesa da nova bancada de advogados, que também atua na defesa de Adelmo Alberti e Diogo Seidel, ex-secretário de Administração de Canoinhas. Ambos estão em liberdade.
No mesmo caminho seguiu Adoniran José Gurstinski Borba Fernandes — sobrinho de Renato Pike —cuja defesa era representada pelo advogado Claúdio Gastão da Rosa Filho, tido como um dos melhores e mais caros criminalistas do Estado.
Em liberdade, porém com tornozeleira eletrônica, desde o dia 8 de agosto, Adoniran trocou seu defensor pelo advogado Osvaldino Nunes de Oliveira Neto, da Nunes, Noernberg & Camargo, de Canoinhas.
De acordo com declarações de dois colaboradores premiados, Adoniran seria o “braço direito” de um líder da organização criminosa, e a quebra de sigilo de dados bancários indicam que o investigado efetuava saques de numerário da conta-corrente do suposto líder da organização.
Segundo o Ministério Público, “Adoniran, em aproximadamente 5 anos, movimentou a expressiva quantia de aproximadamente R$ 28.000.000,00 (vinte e oito milhões de reais) na conta bancária da empresa Planalto Veículos, registrada em seu nome, mas que segundo o Ministério Público, pertencia de fato a seu tio, Renato Jardel Gurtinski (Pike).”
NOVA FASE
A Et Pater Filium entrou em sua 8ª fase na última sexta-feira (19), quando o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deu cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva e apreendeu 60 veículos – automóveis, caminhões e máquinas pesadas – entre outras medidas judiciais. As ações ocorreram em Canoinhas e Bela Vista do Toldo.
Em Bela Vista do Toldo foram presos o empresário João Pereira de Lima Sobrinho, proprietário da Koch & Lima Transportes e Serviços, e o vereador Vilson Stelzner.
Stelzner foi preso em julho de 2021, junto com o então prefeito Adelmo Alberti, porém estava em liberdade provisória desde fevereiro deste ano.
Os outros mandados foram cumpridos contra acusados já presos: Orildo Severgnini, ex-prefeito de Major Vieira, seu filho Marcus Vinicius Brasil Severgnini e o empresário Joziel Dembinki.