A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou nesta quinta-feira (10), os primeiros casos de uma subvariante da Ômicron, que tem sido responsável pelo aumento de casos de Covid-19 no mundo.
Tratam-se de 5 pacientes residentes dos municípios de Camboriú (1), Florianópolis (2), São José (1) e Joinville (1), cujas amostras foram coletadas entre os dias 11 e 21 de outubro.
Os casos foram processados pelo LACEN/SC e confirmados por sequenciamento genômico, que identificou se tratar da sublinhagem BQ.1.1 da variante Ômicron do Coronavírus realizado pelo Laboratório de Referência Nacional para Santa Catarina, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, essa é uma sublinhagem da variante Ômicron que atualmente vem circulando na Europa e tem provocado aumento no número de casos na região.
Sua principal característica é apresentar mutações na proteína spike, que permitem que ela se ligue e infecte nossas células com maior facilidade. Com isso, a variante pode apresentar alta capacidade de ser transmitida entre a população, inclusive apresentando risco de escape vacinal para casos leves.
No entanto, em pessoas que tenham recebido as doses de reforço, a infecção apresenta baixo risco de evoluir para formas graves que exigem hospitalização e cuidados especializados.
Os municípios já foram informados, e estão realizando investigação complementar dos casos.
Alertas para reforço das medidas preventivas
A Secretaria de Saúde emitiu duas notas informativas alertando os serviços de saúde e a população sobre a situação da Covid-19. Uma delas trouxe recomendações aos serviços de saúde sobre o uso das máscaras de proteção para a prevenção e o controle da disseminação de vírus respiratórios, incluindo coronavírus.
O outro alerta é sobre a Circulação da variante e possível aumento de casos da Covid-19.
Com a confirmação da circulação da variante BQ.1.1, é esperado um aumento de casos de Covid-19 para as próximas semanas.
No entanto, até o momento não há evidências de que a BQ.1.1 esteja associada a um aumento de infecções mais graves, principalmente em pessoas com vacinação completa. Neste sentido, é fundamental que a população mantenha o seu status vacinal atualizado, recebendo as doses de reforço dentro do prazo recomendado.
Prevenção
Em um relatório do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) , divulgado em 21 de outubro, estima-se que os casos de Covid-19 atribuíveis a BQ.1 e BQ.1.1 serão responsáveis por mais da metade das infecções entre meados de novembro e início de dezembro.
E no início de 2023, de acordo com o ECDC, mais de 80% dos casos na Europa serão devidos a essas subvariantes. Daí a necessidade de adoção de medidas preventivas e de preparação dos serviços para uma possível nova onda de infecções por Covid-19.
Outras atitudes importantes são aquelas relacionadas a prevenção, como lavar as mãos com água e sabão ou álcool gel frequentemente, manter ambientes arejados, evitar aglomerações e utilizar máscaras de maneira adequada, principalmente quando estiver em ambientes fechados, bem como para as pessoas com maior vulnerabilidade, como gestantes, idosos, imunodeprimidos e portadores de comorbidades.
Também é importante o uso de máscaras por parte de trabalhadores de saúde, pacientes e acompanhantes enquanto permanecerem no ambiente hospitalar.
“É importante, ainda, que objetos de uso pessoal não sejam compartilhados e que as mãos sejam lavadas várias vezes ao dia, com água e sabão, ou higienizadas com álcool gel, pois as superfícies tocadas podem estar contaminadas”, acrescenta o médico infectologista da DIVE/SC, Fábio Gaudenzi.
Caso apresente sintomas gripais, recomenda-se procurar um serviço de saúde para exame clínico e coleta de material para exame laboratorial. É fundamental que pessoas sintomáticas utilizem máscaras sempre que estiverem em ambientes coletivos, para reduzir o risco de transmissão para outros.
*Fonte: DIVE / SANTA CATARINA