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Brasil de todes: STF decide que linguagem neutra pode ser usada nas escolas

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Diversos setores do Governo Lula estão usando o termo “todes” em eventos oficiais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu maioria em seu plenário virtual e derrubou lei do Estado de Roraima que proibia o uso tanto em material didático quanto na grade disciplinar da chamada linguagem neutra, em editais de concursos públicos e em escolas públicas e privadas.

O julgamento, iniciado no dia 3 de fevereiro, foi realizado em plenário virtual, quando os ministros não fazem explanação, apenas informam o voto, e encerrado às 23h59 de ontem (10).

Todos os ministros da Corte acompanharam o relator, ministro Edson Fachin. Em seu voto, ele defendeu a tese de que a norma estadual não pode definir diretrizes educacionais, por se tratar de competência privativa da União.

Em novembro de 2021, Fachin suspendeu a lei e enviou o caso para julgamento dos demais ministros. Na ocasião, o relator argumentou que proibir a utilização confronta a liberdade de expressão garantida pela Constituição, tratando-se de censura prévia, que é proibida no país.

Linguagem neutra

Diversos setores do Governo Lula estão usando o termo “todes” em eventos oficiais. O termo “todes” é usado pela comunidade não-binária, ou seja, pessoas que não se identificam com o gênero feminino nem com o masculino.

Informalmente, foi criada a “linguagem neutra” para utilizar termos que não definam essas pessoas como homem ou mulher, como forma de inclusão e respeito.

Como sabemos, o termo “todos” é usado para as pessoas do gênero masculino e o termo “todas”, por sua vez, para as pessoas do gênero feminino. O “todes” é usado para as pessoas não-binárias.

A linguagem neutra, ou linguagem não binária, propõe o uso de artigos neutros “e”, “x” ou “@”, em substituição aos artigos feminino e masculino “a” e “o”.

Na linguagem, as palavras “todas” ou “todos” são grafadas, por exemplo, como “todes”, para evitar a utilização dos marcadores de gênero.

O pronome “elu” também pode ser usado para se referir a pessoas sem considerar o gênero com o qual se identificam.

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