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CGU diz que cartão de Bolsonaro tem registro de vacina contra Covid

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Bolsonaro já disse publicamente que não tomou a vacina. Uma investigação preliminar foi aberta para apurar uma suspeita de adulteração do documento.

CNN BRASIL — O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (17) que há registro, no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro, de que o ex-presidente se vacinou contra a Covid-19. Carvalho afirmou à CNN Brasil que o órgão investiga se o registro é válido ou se o cartão de vacinação foi adulterado.

“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, disse à CNN.

O registro é do dia 19 de julho de 2021, em São Paulo, mas Bolsonaro já disse publicamente que não tomou a vacina.

Segundo o ministro, uma denúncia feita em 2022, que sugere uma adulteração no cartão de Bolsonaro, foi acolhida e uma investigação foi aberta em 30 de dezembro.

“Ele [Bolsonaro] sempre disse que ele não se vacinou. Se há anotações no cartão de vacina dele no DataSUS que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou no sentido de retirar informações, a nossa expectativa é que com apuração a gente descubra se isso aconteceu”, acrescentou.

O ministro contou que existe o registro de que Bolsonaro teria recebido uma dose da vacina Janssen em 19 de setembro de 2021. “Eu me sinto responsável em não passar uma informação para sociedade brasileira que não tenha sido alvo de uma investigação, já que ela existe”, pontuou.

Nesta sexta, a CGU confirmou a existência de uma investigação preliminar aberta para apurar uma suspeita de adulteração do documento. A investigação é sigilosa e não está concluída.

O órgão informou que ainda não há uma definição sobre a quebra do sigilo sobre o cartão de vacinação de Bolsonaro, mas que a decisão deve ser tomada até o dia 13 de março.

Revogação de sigilos

Bolsonaro decretou sigilo ao próprio cartão de vacinação e qualquer informação sobre as doses de vacinas que ele possa ter recebido. A justificativa é que se trata de informação privada do ex-presidente.

Ao assumir a presidência, Lula determinou à CGU que analisasse todos os sigilos impostos pelo governo Bolsonaro. A intenção é que aqueles que estiverem em desacordo com a legislação sejam derrubados.

Um dos sigilos que a CGU analisa é justamente o imposto por Bolsonaro ao cartão de vacinação.

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