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Ex-prefeito, acusado de ser mandante de crime, começa a ser julgado em SC

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O advogado Joacir Montagna foi morto com um tiro na cabeça em seu escritório, em agosto de 2018.

Começou nesta segunda-feira (6), o julgamento do casal Cezar Gastão Fonini, ex-prefeito de Xaxim, Maria de Lourdes Fonini, ex-vereadora do município, e de Adelino José Dala Riva. O casal é acusado de autoria intelectual do assassinato do advogado Joacir Montagna, ocorrido em agosto de 2018, em Guaraciaba, no extremo oeste do Estado.

Fonini e a esposa estão presos desde 2019. Em maio de 2021, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou recurso interposto pelos acusados de encomendar a morte do advogado. Com a decisão, os dois iriam enfrentar júri popular, o qual iniciou-se hoje, no plenário da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste.

Cezar Fonini e a mulher, estão presos desde 2019.
Cezar Fonini e a mulher, estão presos desde 2019. Foto: Reprodução

Enquanto o casal Fonini será julgado por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa, Adelino irá apenas responder por associação criminosa.

ACUSAÇÃO

A investigação apontou o ex-prefeito como o mandante do crime. Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado pediu à esposa, vereadora na época do crime, para contratar um homem capaz de matar o advogado. Ela solicitou ajuda a uma terceira pessoa, que contratou os quais seriam os assassinos.

Em 2019, em julgamento que durou três dias, cinco envolvidos no crime foram condenados. Somadas as penas, o montante chega a 138 anos de prisão.

O CRIME

De acordo com a denúncia, no dia 13 de agosto de 2018, dois acusados saíram de carro de Chapecó para Guaraciaba.

Um terceiro foi de motocicleta cuja placa era clonada e o número do motor adulterado. Nas proximidades do trevo de Guaraciaba, o executor embarcou na moto e os dois foram até o escritório da vítima.

Sem retirar o capacete, o atirador anunciou um ‘assalto’ para as funcionárias do escritório e pediu para levá-lo ao “doutor”. Quando o advogado se abaixou atrás da mesa de trabalho, em menção de pegar o dinheiro, o acusado atirou em sua cabeça.

Sem levar nada, os acusados fugiram de motocicleta para abandoná-la no interior do município de Guaraciaba. Depois, voltaram de carro para Chapecó. O ex-prefeito teria pago pelo crime R$ 7.500,00 em dinheiro, além de fornecer uma arma de fogo. 

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