As crianças que morreram após o ataque a creche de Blumenau foram enterradas no município no nesta quinta-feira (6). Os corpos das vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) ainda na quarta-feira, após os exames necessários para a investigação do crime.
Os velórios de três das vítimas ocorreram em um mesmo local desde a madrugada. O último sepultamento ocorreu por volta das 14h.
Quem são as vítimas
- Bernardo Cunha Machado: 5 anos
- Bernardo Pabst da Cunha: 4 anos
- Larissa Maia Toldo: 7 anos
- Enzo Marchesin Barbosa: 4 anos
Vigília
Pais de alunos e moradores de Blumenau, no Vale do Itajaí, levaram velas e incensos para frente da creche onde houve o ataque. A comunidade também rezou em frente ao portão da escola na noite de quarta.
Feridos
Quatro das cinco crianças feridas receberam alta médica no fim da manhã desta quinta-feira (6). A informação foi confirmada pelo Hospital Santo Antônio, para onde foram levadas.
“As 4 crianças já estão em casa com seus familiares. Na manhã desta quinta-feira todas passaram por exames e avaliação médica. Nos exames, a equipe médica constatou que um dos pacientes apresenta uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente”, detalhou o hospital.
Outra criança ferida foi levada pelos pais ao Hospital Santa Isabel com ferimento no ombro. Segundo a unidade de saúde, a menina de 5 anos foi entregue pela escola aos familiares que perceberam o machucado logo depois. Ela recebeu atendimento e teve alta ainda na quarta.
Prisão preventiva
O assassino das quatro crianças teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A decisão que o mantém na cadeia por tempo indeterminado ocorreu na tarde desta quinta-feira (6), em audiência de custódia.
O magistrado considerou que a prisão preventiva se justifica à vista da necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal. “Blumenau, Santa Catarina e o Brasil estão de luto” – registrou o magistrado em sua decisão.
Na audiência de custódia não há um interrogatório acerca dos fatos. Ela tem a finalidade única e exclusiva de investigar em quais condições houve a situação de flagrante. É verificado se o conduzido teve respeitado os seus direitos, de integridade física e de acesso a informação, como ligação para advogado e para a família. Durante o ato não há questionamentos sobre os fatos que levaram à prisão e tampouco a oitiva das partes. Dela participam o juiz, a promotoria, a parte e seu defensor.
Sob sigilo, por conta da presença de menores nos autos, o processo tramitará na 2ª Vara Criminal da comarca de Blumenau.