Prefeito de Três Barras é levado para a Penitenciária de Joinville

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A Operação Mensageiro já levou para a prisão 15 chefes do Executivo Municipal. As prisões equivalem, atualmente, a 5% de todos os prefeitos de Santa Catarina.

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De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na última quinta-feira (27), foram expedidos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão em face da nova fase da Operação Mensageiro. Foram presos oito prefeitos, um vereador, uma secretária-adjunta municipal e servidores. Doze cidades foram alvos de ações.

Somente uma uma prisão não foi realizada. O prefeito Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, não foi encontrado. Ele está na Europa, em viagem com a família.

Os prefeitos detidos foram conduzidos para audiência de custódia, em Florianópolis, ainda na quinta. Foram cinco horas de audiências, para avaliar preliminarmente as prisões dos prefeitos. Elas terminaram por volta das 21h30, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), e todas as prisões foram mantidas.

Do Tribunal, os Chefes do Executivo foram encaminhados para o sistema penitenciário:

  • Prefeito de Três Barras, Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD): está preso na Penitenciária Industrial de Joinville.
  • Prefeito de Major Vieira, Adilson Lisczkovski (Patriota): está no sistema penitenciário de Florianópolis.
  • Prefeito de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher (Podemos): está preso no presídio de Mafra.
  • Prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB): foi transferido para o Presídio Masculino de Lages
  • Prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos): foi conduzido para o Presídio Masculino de Tubarão;
  • Prefeito de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi (MDB): está preso no Presídio de Blumenau.
  • Prefeito de Corupá, Luiz Carlos Tamanini (MDB): está no Presídio Regional de Itajaí. Segundo informações da prefeitura, o prefeito está em uma cela sozinho “em função das suas condições clínicas não muito favoráveis”.
  • Prefeito de Schroeder, Felipe Voigt (MDB): foi encaminhado para o presídio de Itajaí.

Vergonha para Santa Catarina

A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que começou há cerca há cerca de um ano e meio, já levou para a prisão 15 chefes do Executivo Municipal. As prisões equivalem, atualmente, a 5% de todos os prefeitos de Santa Catarina. Todos são suspeitos de participação no esquema criminoso que o MPSC classifica como “maior esquema de propinas da história do Estado”.

Confira a lista:

  • Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
  • Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
  • Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
  • Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages;
  • Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
  • Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
  • Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
  • Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
  • Armindo Sesar Tassi MDB, de Massaranduba;
  • Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
  • Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
  • Patrick Corrêa (União)de Imaruí.
  • Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras
  • Alfredo Cezar Dreher (PODEMOS), de Bela Vista do Toldo
  • Felipe Voigt (MDB), Schroeder

As investigações apontam que todos são suspeitos de envolvimento em esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro nos processos de licitação da coleta de lixo em várias cidades catarinenses.

Um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina, confirme os investigadores. Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos.