CNN Health — Um homem de 58 anos, a segunda pessoa viva a receber um coração de porco geneticamente modificado em um transplante, morreu seis semanas após o procedimento experimental. O Centro Médico da Universidade de Maryland, onde foi realizado o procedimento experimental, disse que o coração começou a mostrar sinais de rejeição nos últimos dias.
Lawrence Faucette, foi internado pela primeira vez em 14 de setembro após apresentar sintomas de insuficiência cardíaca e foi submetido ao transplante experimental seis dias depois. Sua doença cardíaca e condições pré-existentes o tornaram inelegível para um transplante de coração humano tradicional.
“ O último desejo do Sr. Faucette era que aproveitássemos ao máximo o que aprendemos com a nossa experiência, para que outros possam ter garantida a oportunidade de um novo coração quando um órgão humano não estiver disponível”, disse o Dr. Bartley Griffith , diretor clínico do Programa de Xenotransplante Cardíaco da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em um comunicado. Griffith realizou a cirurgia experimental.
“Minha única esperança real é optar pelo coração de porco, o xenotransplante”, disse Faucette ao hospital em entrevista interna vários dias antes da cirurgia.
“Não temos outras expectativas a não ser passar mais tempo juntos”, disse sua esposa, Ann Faucette, na época. “Isso poderia ser tão simples quanto sentar na varanda da frente e tomar café juntos.”
Nas semanas que se seguiram imediatamente ao transplante, os médicos relataram que ele estava fazendo progressos significativos, inclusive participando de fisioterapia e passando tempo com a família.
Um mês após a cirurgia, seus médicos disseram acreditar que sua função cardíaca estava excelente e retiraram todos os medicamentos para apoiar sua função cardíaca.
“Não tivemos nenhuma evidência de infecções nem de rejeição no momento”, disse Griffith na época.
Segundo o governo federal, há mais de 113 mil pessoas na lista de transplantes de órgãos , incluindo mais de 3.300 pessoas que precisam de um coração. O grupo Donate Life America afirma que 17 pessoas morrem todos os dias à espera de um doador de órgão.
Primeiro caso
Em janeiro de 2022, a Universidade de Maryland também realizou a primeira cirurgia experimental em David Bennett, de 57 anos, que morreu dois meses após a cirurgia.
Embora não tenha havido sinais de rejeição nas primeiras semanas após o transplante, uma autópsia concluiu que Bennett morreu de insuficiência cardíaca devido a “um complexo conjunto de fatores”, incluindo a condição dele antes da cirurgia.
Um estudo de caso publicado na revista Lancet também observou que havia evidências de vírus suínos que não haviam sido identificados anteriormente.
 
			






