A estimativa de produção de milho na safra 2023/2024 foi reduzida na edição do Boletim Agropecuário de janeiro. Por outro lado, o mesmo informativo apresentou o levantamento da produção de suínos em Santa Catarina durante o ano de 2023, que foi recorde.
As duas cadeias produtivas estão interligadas pois a diminuição na oferta de milho tende a elevar os custos de produção das carnes.
O Boletim Agropecuário é uma publicação mensal do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) disponibilizado nos sites da Epagri, do Observatório Agro Catarinense e da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Para ler a íntegra do boletim de janeiro, clique aqui.
Impacto na produção de milho
Esse impacto pode ser ainda maior a depender do levantamento que será realizado até o final de janeiro e que terá foco na avaliação da produtividade. “Nas lavouras já colhidas, especialmente no Extremo Oeste, a produtividade ficou bem abaixo das expectativas iniciais, principalmente em virtude dos problemas causados pelo excesso de chuva”, explica Elias.
Em termos de mercado, as perspectivas para o milho em 2024 são positivas. Espera-se que os preços sigam uma trajetória de elevação em virtude de uma redução da oferta do grão. No Brasil, essa redução na comparação com a safra passada foi ocasionada por problemas climáticos, como o excesso de chuvas no Sul do País e a estiagem no Centro Oeste, que causou atraso no plantio da soja e, por consequência, do milho segunda safra.
Essa demora no plantio tende a reduzir a produtividade. Por outro lado, a demanda de milho no Brasil para a produção de carnes e de biocombustíveis tem elevado o consumo do cereal.
Recorde na produção de suínos
Em 2023, Santa Catarina exportou 658,2 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos), alta de 9,3% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,57 bilhão, crescimento de 9,7% na comparação com as de 2022.
Estes são os melhores resultados registrados desde o início da série histórica, em 1997. Os resultados positivos desse período devem-se ao crescimento dos embarques para a maioria dos principais compradores, em especial as Filipinas, o Chile e o Japão.
A China, embora tenha reduzido suas aquisições de carne suína catarinense no ano passado (-21,4% em quantidade e -22,6% em receitas), foi o principal destino do produto, respondendo por 34,6% dos embarques.