Duas ovelhas adotadas por um casal de aposentados em Urupema, na Serra de Santa Catarina, ganharam cachecol e touca para enfrentar o frio registrado nos últimos dias na região. Nesta terça-feira (2), os termômetros na cidade chegaram a -4,18ºC.
Chamadas de ‘Pacha‘ e ‘Mama‘, as ovelhas têm cerca de 4 meses e vivem em um chalé na cidade reconhecida como a capital nacional do frio. Juntos, os nomes dos animais dão origem à palavra ‘Pachamama’, que significa Mãe Terra em quíchua, idioma dos Incas.
As ovelhas foram adotadas por Ivanir e Edson Koerich há cerca de dois meses. E mesmo com proteção natural contra o frio por conta da pelagem extensa, o casal decidiu usar uma proteção extra.
“Nós adotamos as duas mascotes aqui para interagir e passar o dia. No fim, elas que fizeram sucesso com as roupinhas. O que eu faço? A minha filha cresceu e eu faço esses lacinhos. Todo o dia a gente troca, todo dia botando roupinhas novas nelas, penteando e elas amam, são super carinhosas”, contou.
Guilherme Renzo Rocha Brito, professor do departamento de zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina, explica que a lã grossa e a pele das ovelhas às protegem do frio e da umidade em dias mais gelados, como os registrados na Serra.
“A lã é um casaco natural delas, é uma estratégia comum de termorregulação. Estruturas que mantém um colchão de ar entre o corpo e o ambiente externo, como o ar é bom isolante (a transferência de temperatura é mais demorada), vários animais que precisam manter calor tiveram estruturas semelhantes selecionadas”, explica.