O furacão Milton atingiu o Oceano Atlântico nesta quinta-feira (10), depois de abrir um caminho destrutivo pela Flórida, gerando tornados, matando pelo menos 10 pessoas e deixando milhões sem energia.
A tempestade não desencadeou a onda catastrófica de água do mar que era temida, mesmo assim sua passagem foi devastadora, ao atingir o estado americano com ventos de 190 km/h. pelo menos 125 casas foram completamente destruídas.
Na cidade de St. Petersburg, a população está sem acesso à agua potável, porque foi necessário desligar o sistema de abastecimento por conta dos danos causados pelo furacão.
O governador Ron DeSantis disse que o estado evitou o “pior cenário”, embora tenha afirmado que os danos foram significativos e as inundações continuavam sendo uma preocupação. DeSantis afirmou que o Estado preparou dezenas de abrigos fora das zonas de evacuação para ajudar os moradores após a tempestade “monstruosa”.
“As ordens de evacuação salvaram vidas”, disse a chefe da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, observando que mais de 90.000 mil moradores foram para abrigos.
Pelo menos 27 tornados atingiram a Flórida. Mais de 3,2 milhões de casas e empresas estavam sem energia na tarde desta quinta-feira (10).
Muitas já estavam esperando há dias para que a energia fosse restaurada depois que o furacão Helene atingiu a área duas semanas atrás. O governo dos EUA já advertiu que os esforços de limpeza após a passagem do furacão Helene podem levar anos.
Milton perde força
A tempestade Milton deixou de ser um furacão e agora é classificada como um ciclone pós-tropical, segundo último boletim do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
Todos os avisos e alertas de tempestade foram encerrados no fim da tarde desta quinta. O presidente dos EUA disse ser cedo demais para avaliar os prejuízos causados pelo furacão Milton, mas acrescentou que as medidas tomadas “fizeram a diferença”. “As pessoas ainda devem esperar a autorização de seus prefeitos e líderes antes de saírem [de casa]”, reforçou Biden em pronunciamento.
Categorias de furacão
Escala usada para classificar furacões existe há 55 anos. A escala Saffir-Simpson foi criada em 1969 pelo engenheiro civil Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson.
As categorias vão de 1 a 5 (sendo 5 o mais intenso, com ventos superiores a 251 km/h), e servem para calcular potenciais danos e preparar a população.
Categoria 5: furacões com ventos de velocidade igual ou superior a 252 km/h
Categoria 4: 209 a 251 km/h
Categoria 3: 178 a 208 km/h
Categoria 2: 154 a 177 km/h
Categoria 1: 119 a 153 km/h.