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Bolsonaro se diz perseguido e cogita refúgio em embaixada em caso de prisão

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Ex-presidente afirmou que se devesse alguma coisa, “estaria nos Estados Unidos, não teria voltado.”

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Indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de planejar um golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ser alvo de perseguição e não descartou a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada caso seja decretada sua prisão ao final do processo penal.

“Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá”, disse Bolsonaro em entrevista ao UOL. Ele também negou que estivesse fugindo de responsabilidades: “Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado.”

Bolsonaro admitiu ter discutido “artigos da Constituição” com comandantes das Forças Armadas após as eleições de 2022, com o objetivo de “voltar a discutir o processo eleitoral”. Segundo ele, no entanto, a ideia foi “logo abandonada”.

O ex-presidente negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre supostos planos para prender ou atentar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ou o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na entrevista ao UOL, concedida ontem (27), em um restaurante em Brasília, Bolsonaro também afirmou que vai se manter candidato a presidente em 2026. “Eu vou. Sou um cidadão. Sou um réu sem crime. Fui condenado [tornado inelegível pelo TSE] sem crime nenhum”.

Questionado quem seria seu vice, ele respondeu: “Talvez um nordestino, um pau de arara, um cabra da peste”.