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Cirurgião plástico é denunciado por lesão corporal gravíssima de paciente em SC

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O MP também acatou o pedido para suspensão da atividade médica por um ano, tendo em vista que o réu é suspeito de ter lesionado outras 12 pacientes.

A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o cirurgião plástico Marcelo Evandro dos Santos, acusado de ter causado gravíssimas lesões corporais a uma paciente em Florianópolis foi recebida pela Justiça, o que o torna réu em ação penal.

Médico Marcelo Evandro — Foto: Redes sociais/ Reprodução

A Justiça também deferiu o pedido para afastamento do médico das atividades profissionais pelo período de um ano, o que pode ser prorrogado a pedido do Ministério Público.

Conforme a ação penal, houve uma série de procedimentos estéticos em sequência, em cirurgia com a vítima, a neuropsicopedagoga Letícia Mello, que sofreu queimaduras, bolhas, necrose e perda de tecido após passar por várias cirurgias no mesmo dia, que durou cerca de 12 horas.

De acordo com a denúncia, o acusado agiu com dolo eventual ao assumir o risco de produzir o resultado durante os procedimentos cirúrgicos e causado lesões corporais graves e gravíssimas, que resultaram em perigo de vida, em decorrência da necessidade de transfusão de hemocomponentes e de internação em unidade de terapia intensiva; debilidade permanente de mamas (sistema reprodutor feminino) por necrose; alteração funcional com redução da amplitude dos movimentos do tronco devido às retrações teciduais e dano estético com deformidade permanente.

A denúncia pela prática do crime de lesão corporal gravíssima foi recebida pelo Juízo, que também acatou o pedido para suspensão da atividade médica por um ano, tendo em vista que o réu é suspeito de ter lesionado outras 12 pacientes, fatos ainda em investigação.

A suspensão compreende o impedimento do atendimento e contato com pacientes e de qualquer ato ou atividade relacionada ao exercício da medicina, seja em consultório médico particular ou em ambulatórios ou em postos de saúde. A decisão é passível de recurso.

Além de ser investigado criminalmente em Santa Catarina, o cirurgião responde processos administrativo e civil no estado, e já foi condenado na área civil, anteriormente, ao menos quatro vezes. No caso mais grave, indenizou familiares de uma paciente que morreu após lipoaspiração, em 2021, no Paraná, onde também atua.

Na esfera cível, o caso também é acompanhado pela 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, da área do consumidor, que apura se o médico fazia uso de publicidade enganosa.

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