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Cigarrinha-do-milho: incidência continua crescendo nas lavouras catarinenses

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O ataque de cigarrinhas infectadas pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho.

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O Boletim da 17ª semana de monitoramento da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina aponta aumento de quase 100% na incidência do inseto, em relação à semana anterior.

“Isso é esperado nesta época, visto que algumas lavouras estão em período reprodutivo e, devido à altura das plantas, o manejo de insetos é dificultado”, contextualiza Maria Cristina Canale Rappussi Da Silva, pesquisadora da Epagri responsável pelo monitoramento. 

O aumento repentino do número de insetos infectados com o espiroplasma do enfezamento pálido é outro ponto que chama atenção. Foi detectado ainda aumento do fitoplasma do enfezamento vermelho. 

A pesquisadora relata também que o vírus do mosaico-estriado é o patógeno mais prevalente nas avaliações dos insetos capturados. “Cabe salientar que pouco se sabe sobre os impactos deste vírus no patossistema, pois ele ainda é pouco estudado”, explica ela. 

O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC.

É uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.