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Polícia desvenda sequestro e morte de jovem de Santa Catarina encontrada no Paraná

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O delegado afirmou que ela não tinha envolvimento em práticas criminosas e foi sequestrada no lugar do marido, que segue foragido.

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação Criminal de Joinville, elucidou um caso complexo de sequestro e homicídio ocorrido em Araquari. O sequestro aconteceu no dia 8 de outubro do ano passado.

A ação planejada por um grupo de criminosos tinha como alvo o marido da vítima, que era envolvido com tráfico de drogas e disputas dentro de uma organização criminosa.

A jovem Camila Florindo D’Avila, de 23 anos, foi levada no lugar do companheiro e, após ser mantida refém, foi executada em uma área rural de Ibaiti, no Paraná. O corpo dela foi encontrado três meses depois, no dia 14 de janeiro de 2025, em uma plantação de eucalipto na zona rural, distante cerca de 450 km de Araquari.

Local onde o corpo de Camila foi encontrado – Foto: Polícia Civil/Divulgação

Os investigadores da DIC de Joinville, sob o comando do Delegado José Gattaz Neto, conseguiram identificar os responsáveis pelo crime e realizar a prisão de cinco suspeitos, após uma investigação, que contou com a colaboração do Núcleo de Operações com Cães da Polícia Civil de Santa Catarina, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Científica e da Polícia Civil do Paraná.

Camila tinha um relacionamento de 6 anos com um homem investigado por participação em uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas. Ele era o alvo do sequestro, como mostrou a apuração da Polícia Civil. Os dois estavam na casa e câmeras de segurança da região registraram ele fugindo.

Como não o encontraram, levaram Camila. O delegado reforçou que ela não tinha envolvimento em práticas criminosas e foi sequestrada no lugar do companheiro, que segue foragido.

Camila foi levada para Curitiba, onde um desentendimento entre os próprios sequestradores resultou na morte de um dos criminosos. A jovem foi então transportada para o interior do Paraná, onde foi executada com um disparo de arma de fogo.

O trabalho da Polícia Civil, em conjunto com outras autoridades policiais de Santa Catarina e do Paraná, permitiu não só a captura de grande parte dos envolvidos, como também a identificação dos foragidos, que já têm passagens por crimes graves, inclusive homicídios.

A Polícia Civil segue em busca dos dois suspeitos ainda foragidos, com a ajuda da Interpol, que foi acionada para cooperar nas investigações, inclusive com a suspeita de que os criminosos possam ter fugido para o Paraguai.

Mãe de um menino de 6 anos, Camila morava em Araquari há cerca de quatro e trabalhava em um quiosque e com serviços de limpeza.