Filho é condenado por espancar a mãe e deixá-la em estado vegetativo em SC

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Crime ocorreu após a mãe tentar proteger a nora de agressões; vítima sofreu traumatismo craniano e está em estado vegetativo irreversível.

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Um homem de 21 anos foi condenado nesta sexta-feira (13) a 22 anos e oito meses de prisão por espancar violentamente a própria mãe, de 50 anos, até deixá-la em estado vegetativo irreversível.

O crime aconteceu em Brusque, nos dias 16 e 17 de maio de 2024, quando a vítima tentou intervir em agressões que o filho cometia contra a companheira.

Agressões brutais em dois dias seguidos

Segundo a Promotora de Justiça Louise Schneider Lersch, que conduziu a acusação, as provas foram suficientes para comprovar a responsabilidade do acusado. A mãe morava com o filho, a nora e o neto. Na noite do dia 16 de maio, ao ouvir gritos durante uma discussão entre o casal, ela foi verificar o que acontecia e acabou levando um soco ao tentar proteger a nora. Desmaiou com o impacto.

No dia seguinte, a violência se agravou. Quando a mãe ameaçou sair de casa para buscar ajuda, o réu a estrangulou, derrubou no chão e desferiu diversos chutes em sua cabeça.

De acordo com laudos médicos e periciais, a vítima sofreu traumatismo craniano grave, além de múltiplas mordidas pelo corpo. As lesões resultaram em estado vegetativo irreversível.

Crime foi para impedir denúncias

O Ministério Público apontou que o crime teve como motivação impedir que a vítima denunciasse o agressor por maus-tratos contra ela e a companheira. Ele a atacou de forma cruel e inesperada, e mesmo após ela perder os sentidos, continuou com os chutes. Só com a intervenção da nora e vizinhos, a mulher foi levada ao hospital, evitando a morte.

Hoje, ela está acamada, sem consciência, sob os cuidados de uma irmã. Na sentença, além da prisão, o réu foi condenado ao pagamento das custas processuais. O caso é tratado como feminicídio, cometido em contexto de violência doméstica e familiar.

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O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da cidade, onde os jurados acataram as cinco qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC): motivo torpe, meio cruel, uso de surpresa, cometimento do crime para assegurar a impunidade de outro delito e feminicídio.

O réu seguirá preso no Presídio Regional de Brusque, em regime fechado, e não poderá recorrer em liberdade.