Uma bebê de apenas 5 meses, identificada como Maitê, sofreu um grave acidente ao cair de um trocador dentro de uma creche municipal em Corupá, no Norte de Santa Catarina, na última sexta-feira (30).
A criança teve uma fratura de 10 centímetros na cabeça e foi internada no Hospital e Maternidade de Jaraguá do Sul. O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e está sendo investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Segundo relatos de familiares e amigos, após a queda, a bebê não recebeu atendimento imediato.
A mãe só teria sido chamada cerca de duas horas depois do ocorrido e, segundo as denúncias, os bombeiros não foram acionados. “É de cortar o coração”, escreveu uma amiga da família nas redes sociais.
Diante da gravidade da situação, o Ministério Público instaurou uma Notícia de Fato para apurar possíveis negligências. De acordo com o Promotor de Justiça Rafael Meira Luz, titular da 7ª Promotoria de Justiça, “é imprescindível esclarecer os fatos e verificar se houve falha no dever de cuidado por parte do poder público. A proteção da infância é prioridade absoluta”.
Entre as diligências iniciais, o MPSC solicitou à Prefeitura de Corupá o envio, no prazo de 48 horas, das imagens de câmeras de segurança da sala onde ocorreu a queda, além de registros de áreas próximas. As imagens devem ser encaminhadas com a maior resolução possível.
Manifestação da Prefeitura
Em nota oficial, a Prefeitura de Corupá lamentou profundamente o ocorrido e afirmou ter prestado toda a assistência necessária à criança e à sua família desde o momento em que a direção da creche foi informada do incidente.
O município também declarou ter instaurado um processo administrativo para apurar detalhadamente os fatos e, se for constatada qualquer negligência, os responsáveis serão punidos conforme a legislação.
A Prefeitura informou ainda que as imagens das câmeras de segurança estão à disposição das autoridades, podendo ser liberadas apenas mediante solicitação oficial.
O caso segue em investigação e mobiliza a comunidade local, que cobra providências e reforço nos cuidados prestados às crianças nas instituições municipais de ensino.