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Dois servidores do IBGE morrem em combate a incêndio em área de vegetação no DF

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O Jardim Botânico lamentou os falecimentos dos servidores, que trabalhavam no IBGE desde o início da década de 1980.

Dois servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) perderam a vida nesta terça-feira (29), enquanto combatiam um incêndio em área de vegetação no Distrito Federal.

Valmir de Souza e Silva e Manoel José de Souza Neto, ambos com 65 anos, eram participantes da brigada de incêndio do órgão. Ambos morreram ao tentar evitar que um incêndio na área residencial do Tororó atingisse a Reserva Ecológica do IBGE. A direção do IBGE decretou luto de três dias.

Manoel José de Souza Neto e Valmir de Souza e Silva são os dois servidores mortos em incêndio no DF. — Foto: IBGE/Divulgação

De acordo com o Corpo de Bombeiros do DF, o fogo começou por volta das 13h, e nove viaturas foram mobilizadas para o combate. Às 15h30, as equipes foram informadas de que dois servidores que atuavam em outro ponto da área estavam desaparecidos.

Momentos depois, os corpos carbonizados dos dois homens foram localizados por moradores da região.

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Próxima à região do incêndio, a Reserva Ecológica do IBGE está localizada na Área de Proteção Ambiental Gama e Cabeça de Veado. A preservação do local conta com a atuação conjunta do IBGE, do Jardim Botânico de Brasília e da Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília (UnB).

O Jardim Botânico lamentou os falecimentos de Valmir e de Manoel, que trabalhavam no IBGE desde o início da década de 1980.

“Ambos eram servidores dedicados, com décadas de atuação pública voltada à conservação do meio ambiente”, diz nota da instituição.

A Universidade de Brasília lembrou, também em nota, que a reserva é fundamental para as pesquisas ecológicas sobre o Cerrado e que os projetos desenvolvidos no local formaram várias gerações de jovens pesquisadores.

“Não teríamos persistido e avançado sem o trabalho cuidadoso, responsável e solidário dos servidores da Reserva Ecológica do IBGE e, em especial, de nossos brigadistas. A perda inestimável de Valmir e Manoel protegendo, mais uma vez, o patrimônio natural e científico do Brasil nos enche de tristeza”, diz.