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Comitiva com tropeiro de Canoinhas cruza o Sul do Brasil rumo à Argentina

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A expedição histórica, realizada com sete mulas, foi marcada por grande acolhida em Santa Catarina antes de seguir para o destino final.

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Um grupo de muladeiros, que inclui Beto Kubiak, de Canoinhas, está cruzando os estados do Sul do Brasil em uma grande jornada rumo à Argentina, revivendo as antigas tropeadas que foram fundamentais para a história do comércio regional há mais de dois séculos.

Muladeiros são pessoas que apreciam, cuidam e cavalgam animais muares (mulas e burros). A palavra hoje é mais usada para descrever os entusiastas e criadores desses animais que participam de tradições e encontros. 

A comitiva é formada por Beto Kubiak, figura conhecida em Canoinhas por sua atuação na preservação cultural do tropeirismo, Emanoel Ferreira, de Mafra, e Renato Leandro, de Papanduva. Eles partiram de Mafra com sete mulas carregadas de bruacas e equipamentos.

Tradição e acolhida

Os tropeiros seguem rotas históricas que, no passado, ligavam o Rio Grande do Sul ao interior paranaense e à Argentina. A jornada representa um reencontro com a tradição campeira, marcada pela simplicidade e resistência.

A passagem da comitiva por Flor da Serra do Sul, no Oeste catarinense, foi marcada por um caloroso acolhimento. Os muladeiros foram acompanhados desde Marmeleiro até Flor da Serra do Sul pelo grupo da invernada campeira de Marmeleiro.

Ao chegarem na cidade, foram recebidos no Posto Costa pelo patrão do CTG Sinuelo da Serra, Célio Bleich, e outros integrantes da entidade tradicionalista.

Os viajantes pernoitaram nas dependências do CTG Sinuelo da Serra. O espaço foi cedido para o descanso das mulas e o preparo das refeições, reforçando o espírito de parceria e solidariedade, tão presente na cultura gaúcha.

“Na tradição gaúcha tem um sentimento muito forte é o de ajuda, principalmente quando se trata de tradicionalistas e de pessoas que prezam pela família e pelos amigos reunidos,” destacou Janaina Fioravanso Berno, integrante do CTG Sinuelo da Serra, à imprensa local.

Na manhã seguinte, os viajantes retomaram o percurso em direção a Dionísio Cerqueira, a última parada antes de cruzarem a fronteira rumo à Argentina. A passagem deixou um registro de cultura, esforço e amizade, lembrando que a herança tropeira ainda pulsa forte nos campos do Sul.

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