Um incêndio de proporções catastróficas atinge desde a tarde desta quarta-feira (26) um complexo residencial em Hong Kong, causando uma tragédia com um alto número de vítimas e desaparecidos. O fogo se espalhou por vários prédios, criando um cenário de terror na cidade.
Segundo o governo local, o fogo deixou pelo menos 44 mortos e 45 feridos, mas a situação pode piorar, já que mais de 200 pessoas seguiam presas dentro dos prédios em chamas até a última atualização desta reportagem.

O fogo se concentra no conjunto Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, um complexo habitacional com oito torres de 31 andares que abriga cerca de 4,6 mil moradores. Ventos fortes na região alimentaram as chamas, fazendo o fogo se espalhar rapidamente para sete dos oito edifícios do complexo.
Combate extremo e desaparecidos
O Corpo de Bombeiros de Hong Kong (Departamento de Bombeiros) recebeu o chamado às 14h51 no horário local (3h51 no horário de Brasília).
Mais de 700 bombeiros foram mobilizados para o local. Inicialmente, o alerta de incêndio foi emitido no nível 4 de 5, mas horas depois foi elevado para o Nível 5, o mais alto da escala e que indica a máxima emergência e dificuldade. Outros 400 policiais foram acionados para ajudar na coordenação e isolamento da área.
Um porta-voz dos bombeiros expressou “muita preocupação” com as condições internas. A temperatura dentro dos edifícios está altíssima, dificultando a entrada das equipes para realizar os trabalhos de busca e resgate dos moradores desaparecidos.
O combate às chamas se estendeu pela madrugada, chegando a mais de 14 horas após o início.
Entre as vítimas confirmadas, a rede britânica “BBC” informou que um bombeiro está entre os mortos, e outros ficaram feridos durante a exaustiva operação de controle do fogo. A polícia chegou a isolar dois quarteirões vizinhos ao condomínio, mas a área foi posteriormente liberada.
A causa do incêndio ainda não foi determinada, mas acredita-se que as chamas tenham se alastrado com rapidez e foram potencializadas por causa dos andaimes de bambu, cujo uso o governo começou a eliminar gradualmente em março por motivos de segurança.






