Cientistas brasileiros desenvolvem vacina para combater variedade do coronavírus

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Pesquisadores apostam em uma técnica diferente para criar uma vacina contra o novo coronavírus que seja muito eficaz e segura.

Cientistas do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), desenvolvem uma vacina contra o Sars-CoV-2, uma variedade do coronavírus que provoca síndrome respiratória aguda grave.

O diretor do laboratório e coordenador do projeto, Jorge Kalil, ressalta que a vacina não deverá ficar pronta logo, uma vez que o processo envolve rigorosos testes de segurança.

A equipe do laboratório do Incor ainda realizará testes em camundongos para comprovar a eficácia da vacina. Em seguida, buscará firmar colaborações com outras instituições de pesquisa para finalizar o desenvolvimento da substância e produzir uma candidata a vacina contra Covid-19.

\”Mesmo as vacinas que estão sendo feitas no exterior, que comecem a testar em humanos daqui a dois, três meses, dificilmente isso vai estar disponível antes de um ano e meio, dois anos, porque você tem que testar, ter a capacidade de produzir essa vacina industrialmente\”. 

Nos Estados Unidos, cientistas norte-americanos realizaram o primeiro teste da vacina contra o coronavírus em humanos nesta segunda (16).

Jennifer Haller foi a primeira pessoa a receber uma dose da vacina contra coronavírus nos EUA — Foto: Ted S. Warren/AP

Segundo a agência France Presse, todo o processo de criação da vacina deve durar entre 1 ano a 18 meses, isso porque serão necessários mais testes.

Neste momento, os pesquisadores querem saber qual é o impacto de diferentes doses administradas por injeção e quais são seus efeitos colaterais.

Articulação de enfrentamento

Para Jorge Kalil, os países que têm encarado mais habilmente a pandemia de coronavírus são a China, Singapura e a Coreia do Sul, esta \”porque fez diagnóstico de pessoas em massa e conseguiu isolar infectados\”.

O diretor disse que o governo italiano permitiu que a transmissão se tornasse \”uma catástrofe\” e atingisse um \”nível exponencial\”, que, segundo ele, pode se repetir no Brasil, caso as autoridades governamentais não tomem providências.

Já no caso dos Estados Unidos, a avaliação é que o governo foi \”negligenciando o perigo\”, embora tenha chance de mitigar parte dos danos, por ser detentor de um volume expressivo de verbas.

AGÊNCIA BRASIL