Uma das principais reivindicações dos caminhoneiros era o fim definitivo da cobrança do imposto PIS/Cofins sobre o insumo, além do eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre o diesel.
Composição do preço do diesel, segundo levantamento da Petrobras, a partir de dados da ANP e CEPEA/USP Foto: Reprodução/Petrobras – 13% Cide e PIS-Cofins, é de competência da União. |
Um olho no gato e outro no peixe
Temer também anunciou que vai editar três Medidas Provisórias (MPs), para atender a outras demandas dos grevistas. As MPs vão prever:
- Isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais;
- Determinação para que 30% dos fretes da Conab sejam feitos por caminhoneiros autônimos;
- Estabelecendo de tabela mínima dos fretes.
Lembrando que as medidas só começam a valer quando o texto for publicado no “Diário Oficial da União“. A partir daí, o Congresso Nacional terá até 120 dias para analisar as MPs. Se isso não acontecer no prazo, as medidas perderão validade.
Após um primeiro acordo fracassado, com ameaças de prisão, confisco de veículos e uso das Forças Nacionais, a expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação termine logo, mas admite não ter previsão de quando irá acabar.
“Não existe uma liderança uniforme desse movimento, são vários líderes. Ouvimos vários desses líderes e, do que ouvimos, elaboramos essa pauta que nós entendemos que atende aos pleitos dos caminheiros e fomos ao máximo do que o governo poderia ceder“, disse o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo.)
Apesar disso, ele disse que a expectativa é que as propostas anunciadas surtam efeito e que o movimento comece a ser desmobilizado já nesta segunda (28).
Resta saber se os motoristas estão satisfeitos com o novo (novo?) acordo e irão
realmente iniciar um movimento de desmobilização.