Cerveja mineira pode ter sido contaminada por produto tóxico. Foto: Agência Brasil |
Todos os pacientes chegaram a hospitais de Belo Horizonte, região metropolitana e de Juiz de Fora com sintomas semelhantes: insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que podem ter provocado paralisia facial, borramento visual ou perda da visão, alteração sensório ou paralisia, entre outros sintomas. Exames acusaram a presença da substância dietilenoglicol no sangue de ao menos três pacientes internados.
De qualquer forma, diante da suspeita, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu interditar a cervejaria Backer e apreender, em caráter cautelar, 16 mil litros de cervejas que estavam prestes a serem distribuídos para venda, além do recolhimento das garrafas de Belorizontina disponíveis em estabelecimentos comerciais.
Além da Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da contaminação da bebida, auditores-fiscais agropecuários continuam averiguando a situação. Também foi criada uma força-tarefa composta por técnicos da secretaria estadual de Saúde, da secretaria municipal de Belo Horizonte, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde e do Ministério da Saúde.