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Zeferino fala sobre compra de respiradores em Santa Catarina e sua saída da secretaria

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O ex-secretário de saúde de Santa Catarina, Helton Zeferino, afirmou nesta segunda-feira (4), em entrevista ao Bom Dia SC,  que a decisão em deixar a Secretaria de Estado de Saúde foi tomada para preservar a pasta após investigações sobre a compra de 200 respiradores no valor de R$ 33 milhões feita pelo Poder Executivo.

O estado comprou os respiradores no dia 26 de março. Cada aparelho custou R$ 165 mil, valor pelo menos 65% mais caro do que os adquiridos pela União durante a pandemia do novo coronavírus.

O primeiro lote, com 110 respiradores, deveria ter chegado até 7 de abril, o que não ocorreu. Um segundo lote, com o restante, precisaria ser entregue até 30 de abril.

Ele confirmou que autorizou a aquisição na modalidade com dispensa de licitação, mas afirmou que seria de competência de outros setores certificar a nota e confirmar o pagamento ao fornecedor. Os equipamentos ainda não chegaram no estado.

Quatro dias depois de pedir a exoneração do cargo, Zeferino disse que não sabia de detalhes da compra e defendeu que o processo de compra dos respiradores seja esclarecido. 

O processo da aquisição dos equipamentos foi o estopim para saída da pasta e a suspeita de irregularidades é alvo de investigações do Tribunal de Contas, Ministério Público e as Polícias Civil e Federal. 
Os órgãos analisam a negociação com suspeitas de superfaturamento, fraude nos orçamentos, falta de zelo com dinheiro público e de conhecimento sobre a empresa que seria contratada.

A 1ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis bloqueou R$ 33 milhões da empresa Veigamed, que vendeu os 200 respiradores por esse valor, e suspendeu qualquer novo pagamento relativo ao contrato.

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