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Mulher joga bebê pela janela de apartamento após dar à luz, no litoral de SP

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Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem carregando um saco lixo onde estava o recém-nascido. Foto: Reprodução

Uma trágica ocorrência chocou os moradores de Praia Grande, no litoral de São Paulo, na última quinta-feira (18).

Uma jovem, de 20 anos,  deu à luz a um bebê e o jogou pela janela de um apartamento que fica no 2º andar de um condomínio residencial. A ocorrência foi confirmada pela Polícia Civil.

A criança, do sexo feminino, foi encontrada morta dentro de um saco plástico, em uma lixeira na frente do prédio por uma moradora, que chamou o zelador.
De acordo com moradora, havia muito sangue no local e ela até achou que era carne fresca. “Tinha muito sangue fora da lixeira”, afirmou a mulher, que ao verificar os baldes de lixo, viu que só um saco estava separado. Estranhando o fato, ela chamou o zelador do prédio, que descobriu que havia uma criança dentro, e muito sangue.
Em seguida eles acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte da criança. ⠀
Condomínio onde a ocorrência foi registrada. Foto: Praia Grande Mil Grau/Reprodução
Segundo a polícia, a mulher foi autuada em flagrante. Ela deverá ser recolhida à cadeia quando receber alta, já que está internada no Hospital local.
A jovem disse de forma informal na unidade de saúde que o saco de lixo, com o corpo do bebê, teria caído da janela do apartamento por um acidente.⠀

Depois do bebê ter caído até o mezanino do edifício, ela recolheu o saco e descartou em uma lixeira dentro do prédio, onde o bebê foi localizado. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de monitoramento do prédio, que mostram também que a jovem carregava no colo o outro filho, de um ano de idade.

A delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande, requereu a decretação da prisão preventiva da suspeita,  após analisar as imagens.
Mulher estava com outro filho no colo no momento em que colocava o saco com o recém-nascido na lixeira.
Foto: Reprodução
Em um primeiro momento, a Polícia Civil não soube informar a bebê nasceu morta e se o parto foi natural, um aborto espontâneo ou provocado.O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde exames foram feitos  para comprovar se o bebê nasceu vivo ou não.

Neste sábado (20), a delegada afirmou que a médica legista que examinou o bebê explicou que ele nasceu vivo, tinha mais de 38 semanas de gestação e morreu por asfixia, e não pela queda.

Ainda não há como definir se a asfixia foi causada pelo fato do bebê estar dentro do saco de lixo, mas ele não tinha marcas no pescoço, disse ela.

Conforme informou a Polícia Civil, a indiciada demonstrou serenidade ao relatar os fatos e não apresentou arrependimento, mantendo-se calma durante os questionamentos.

Pelos relatos, ela tinha muito medo que a mãe viesse a descobrir da gravidez”, explica a delegada.

A delegada titular Lyvia Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher, que requereu a decretação da prisão preventiva da suspeita, conta que a jovem ainda passará por exames de psiquiatria.
De acordo com Lyvia, se os resultados indicarem que ela estava em puerpério, estado alterado de ânimo logos após o parto, ela deverá responder por infanticídio. Entretanto, caso os exames mostrem um estado perfeito de consciência, a jovem pode responder por homicídio.