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Instrutor de autoescola de Canoinhas é acusado de assédio contra aluna

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Uma postagem em rede social na última semana, que relatou sobre um suposto assédio recebido por um aluna durante a realização de aulas práticas, levou a proprietária de um Centro de Formação de Condutores de Canoinhas se manisfestar, também em rede social, sobre a situação.

No relato, sem citar nomes dos envolvidos, uma mulher conta que durante as aulas práticas, as atitudes do instrutor a incomodavam:

Ele me olhava muito, eu me sentia constrangida com tantos elogios e eu percebia que não era só aquilo. No início quando ia por a mão pra trocar de marcha ele colocava a mão por cima, aquilo me deixava desconfortável e nervosa. Ele era grande, poderia fazer o que quisesse. Eu até tentava me convencer que era normal, o trabalho dele, e que o desconforto era produto de uma invenção”, diz o relato.

Segundo ela, ele se sentia íntimo, fazendo perguntas como “o tipo de genro de meu gostava”. “Eu me sentia uma chata, pensava que talvez só fosse o jeito extrovertido dele. Ficava tentando normalizar o que estava passando”.

“Ele chegou a parar na casa dele uma vez, me convidou para entrar, eu neguei. Pensar nisso me deixa nervosa. Não aceitei o convite. Permaneci nas aulas, era um fardo mas conclui que passaria.”

Após a denúncia, postada no dia 30 de junho no grupo Reclame Canoinhas, na rede social Facebook, uma das proprietárias do Centro de Formação de Condutores SB, ‎Cleumara Sabbagh Batschauer, usou do mesmo grupo para postar uma nota de esclarecimento sobre os fatos.

A nota, condizente com a ética que se espera diante de uma situação tão grave,‎ informa que a empresa tomou medidas imediatamente e afastou o funcionário.

“O Centro de Formação de Condutores SB Ltda repudia veementemente todo e qualquer ato que atente contra a integridade física, psicológica e moral de seus alunos e alunas, bem como esclarece que sempre zelou pelo bem estar de todos”, diz a nota.

De acordo com Cleomara, logo que tomaram conhecimento da publicação sobre um suposto caso de assédio moral/psicológico, foi feito a corroboração dos fatos e análise de cada comentário na postagem.

“Após a consulta no sistema vinculado ao Centro de Formação de Condutores SB Ltda, obtivemos informações de quem seriam, talvez, as supostas vítimas. Ao ouví-las, restou cristalizado que se tratava de uma aluna do CFC SB Ltda, a qual foi assediada por um de nossos instrutores. Sendo assim, imediatamente tomamos as medidas cabíveis, visando o afastamento deste funcionário, bem como o resguardo da integridade e identidade da vítima”.

Cleomara também salientou que no relato prestado, a vítima alegou que não comunicou tal fato aos proprietários do estabelecimento por receio.

É bastante comum em casos envolvendo assédios, até mesmo em situações envolvendo violência doméstica e familiar seja qual for a natureza destas, as vítimas se mostrarem resilientes, relutantes, ou até mesmo receosas em esclarecer os fatos perante às autoridades competentes, o que, por vezes, acaba dificultando a descobertas de casos, e, tão somente aqueles casos que chegam ao conhecimento de quem deve, são apurados e investigados.

A empresa esclarece assim que não foi negligente nem omissa, pois não tinha conhecimento ou suspeita de qualquer situação envolvendo assédio.

Obviamente, um caso de assédio afeta, e muito, o marketing de uma autoescola. E uma das formas de minimizar essa imagem negativa é apoiando a vítima, como fez a autoescola, através da nota.

“Em 40 anos de estrada, o CFC SB Ltda, sempre atuou de forma integra, respeitosa, disciplinada e correta com seus alunos e instrutores, auxiliando-os no desempenho e profissionalismo de suas atividades. Todavia, por mais que você instrua seus funcionários para aturem com respeito, urbanidade e disciplina, a recíproca nem sempre é verdadeira. Não podemos dominar a mente humana, controlando sentidos, pensamentos e ações. Mas, podemos e devemos sim, rogar pelo respeito, comprometimento e amor ao próximo”.

Em nenhuma das postagens há qualquer informação sobre a denúncia formal do assédio sofrido pela vítima.

Vítima diz que se sentiu constrangida com atitudes e ações por parte do instrutor.

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