telemedicina

fesmate

Réu é condenado a 110 anos por triplo assassinado em Santa Catarina

Avatar photo

Casal e o filho deles, de apenas 8 anos, foram brutalmente assassinados. Foto:Reprodução/Arquivo

O Tribunal do Júri da Comarca de Bom Retiro, em sessão na última quinta-feira (22), condenou um homem denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina a 110 anos e oito meses de reclusão por conta de um crime de triplo homicídio, com cumprimento da pena em regime inicial fechado. 

Na sentença, o réu teve negado o direito de recorrer da decisão em liberdade.

O crime que chocou a pequena cidade de Alfredo Wagner, com cerca de 6,5 mil habitantes aconteceu no dia 9 de agosto de 2019 e envolveu três vítimas de uma mesma família.

Conforme consta na denúncia apresentada pela Promotoria de Justiça de Bom Retiro, primeiramente o réu matou a mulher, Loraci Matthes, de 50 anos, com golpes na região da cabeça. Ela estava em casa, no interior da cidade. 

Em seguida, e da mesma forma, tirou a vida do filho do casal, Mateo Tuneu, de apenas oito anos. 
Segundo apontou a investigação, a criança vestia o uniforme da escola. O menino foi morto por volta das 11h40min, segundo indicou o IGP. 

A mãe havia sido assassinada 10 minutos antes, depois que se negou a entregar um caderno de capa escura, onde havia anotações sobre a dívida que motivou o triplo homicídio, conforme investigação. O filho morreu porque testemunhou o assassinato da mãe. 
Minutos depois de cometer os dois homicídios, o réu assassinou a terceira vítima, Carlos Alberto Tuneu de 67 anos. O pai retornava para o almoço com a família, quando foi abordado no meio da estrada, cerca de um quilômetro distante do sítio onde os três residiam. O corpo dele foi encontrado na estrada que dá acesso à propriedade.
O réu foi preso em flagrante na cidade vizinha no final do mesmo dia do crime. 

Na sessão do Tribunal do Júri, os promotores ressaltaram que os crimes foram cometidos por motivo fútil, visto que o denunciado era conhecido da família e tinha desavenças com o casal em decorrência de uma dívida.

Os Promotores de Justiça também atribuíram ao crime as qualificadoras de meio cruel e recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas e sustentaram que por duas vezes o acusado agiu de forma a assegurar a impunidade de outros crimes, além dos agravantes de que uma vítima tinha menos de 14 anos e outra, mais de 60 anos de idade. 

A defesa, por sua vez, sustentou a negativa da autoria do crime, o que foi rejeitado pelo conselho de sentença, diante das provas apresentadas em plenário pelo Ministério Público.

A sessão de julgamento começou às 8 horas e se estendeu até as 22 horas. No júri popular foram ouvidas 11 testemunhas. 

O interrogatório do réu, que está preso desde o dia do delito, foi no meio da tarde, por volta das 15h30, e durou cerca de duas horas. Ele respondeu apenas os questionamentos da defesa.

Para seguir os protocolos de saúde e evitar a propagação do coronavírus, a comarca optou por um lugar mais amplo, na Escola de Ensino Médio Valmir Marques Nunes, e com a participação do menor número de profissionais possível. 

Não houve a presença de familiares e do público. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

Homem foi denunciado pelo Ministério Público por matar, em agosto de 2019, três pessoas de uma mesma família: uma mulher, uma criança e um idoso.

Notícia Anterior

Agricultor de Santa Catarina instala placa e proíbe políticos em sua propriedade

Próxima Notícia

Cidasc de Canoinhas realiza fiscalização agropecuária volante na SC-477