Preocupação com o avanço da Covid-19 no estado dominou os pronunciamentos da sessão plenária pela segunda semana consecutiva. Foto: Bruno Collaço / Agência Alesc |
Pela segunda semana consecutiva a sessão de quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa teve a pandemia como tema principal.
A deputada Ada de Luca (MDB) informou que, poucos minutos antes da sessão desta manhã, recebeu ligação do secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.
“É preciso apresentar urgente um plano para os próximos meses, com mais leitos de UTI e respiradores. Essa explosão [no número de casos] a gente sabia que iria acontecer e veio devastadora lá no Sul de Santa Catarina”, lamentou Ada.
“A possibilidade de contágio é enorme e os índices vão piorando. Isso tem reflexo direto das medidas que foram relaxadas e temos um aumento nos últimos 30 dias com 32 mil casos ativos. Três vezes maior do que em agosto, quando achávamos que estávamos no inferno.”
Representante do norte catarinense, Caropreso informou que, no dia anterior, enviou mensagem ao governador Carlos Moisés da Silva.
De volta ao plenário após ter se recuperado da Covid-19, o deputado Ivan Naatz (PL) deu um exemplo das dificuldades que enfrentou com a doença.
“Desde o dia 27 de outubro, em pleno processo eleitoral, fiquei em isolamento por 14 dias, em casa, com uma depressão profunda, dor na perna, dificuldades para respirar e tosse”, contou. Segundo ele, até a semana passada era impossível caminhar. “Esse vírus é um negócio fora da curva, inexplicável. Não há medicamento que cure. Blumenau vem sofrendo cerca de cinco a seis mortes por dia, coisa que não teve na primeira onda. Tomara que a vacina venha logo e que Deus nos ajude a enfrentar esse vírus que, evidentemente, é muito forte.”
O deputado Sargento Lima (PSL) entrou no debate olhando a situação das empresas e profissionais que dependem da economia em funcionamento.
“Peço ao governo e aos prefeitos, não sei se eles estão vindo de alguma mágoa da eleição, que não descontem isso na sociedade. Medidas preventivas têm que ser baseadas na ciência, não no achismo.”
O parlamentar destacou que em 2021 o estado terá muitos desafios na área econômica.