Um homem com mandado de prisão aberto pelo crime de feminicídio, ocorrido em março do ano passado em Itapema, no litoral norte de Santa Catarina, foi localizado nesta quarta-feira (14) no interior do Rio Grande do Sul.
O acusado foi preso ao se apresentar para tomar a vacina contra a Covid-19.
Desde dezembro, o idoso estava se relacionando com outra mulher, que conheceu na internet, e morando na casa dela. No momento da prisão, a atual companheira disse desconhecer que ele era procurado pela suspeita de matar a médica Lúcia Regina Schultz.
O homem foi preso no dia do crime, em 20 de março de 2020, e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juízo da Vara Criminal da comarca de Itapema.
O crime ocorreu dentro da residência do casal, durante o período de quarentena decretado pelo Estado para evitar a transmissão do coronavírus. A vítima, a médica Lúcia Regina Schultz, de 60 anos, era sua companheira.
O caso ocorreu por volta das 17h30 no dia 20 de março no Centro de Itapema. O marido relatou à PM que a mulher teria dado um tapa nele durante uma discussão na sala da casa deles.
Ele teria revidado apertando o pescoço da vítima com as mãos. Quando viu a mulher caída no chão, o idoso fugiu. Os vizinhos chamaram a polícia e ele foi localizado e preso.
Em junho do ano passado, o juízo da Vara Criminal da comarca de Itapema determinou a soltura do acusado.
O juiz entendeu que a liberdade do idoso não “representava risco à ordem pública” e que não haveria perigo de “reiteração dessa prática delituosa”. O juiz pontuou também a idade dele e o risco de transmissão do coronavírus como fatores para a soltura.
Após recurso do Ministério Público de Santa Catarina, a prisão preventiva foi restabelecida em decisão do TJSC em setembro de 2020, mas o homem não foi mais localizado. O processo tramita em segredo de justiça.
Foto: Polícia Civil/Divulgação