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Advogado vai a julgamento por matar pai e irmã, no Planalto Norte

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Acusado não aceitava fato do pai ter reconhecido uma filha poucos anos antes.

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O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da comarca de São Bento do Sul vai julgar nesta terça-feira (19) um acusado de duplo homicídio ocorrido em setembro de 2018, no bairro Brasília. O acusado é advogado, que na época dos crimes tinha 34 anos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu fez uso de arma de fogo para matar seu pai e sua irmã, de apenas 19 anos.

A suspeita é de que a motivação do crime seja disputa por divisão de herança. Na ocasião, os pais do suspeito estavam em meio a um processo judicial de divórcio e a família enfrentava vários conflitos causados pela divisão de bens com a jovem, de 19 anos, reconhecida recentemente pelo pai, de 61.

Ele teria ido ao escritório onde estavam as duas vítimas, Osmar Unisesky e Franciele Jelinksy, parado junto à porta e iniciado uma conversa. Poucos segundos depois, o homem sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra seu pai.

Consta nos autos que, mesmo gravemente ferido, o homem saiu do recinto e tentou conter o réu. Sem munição na arma, o acusado afastou-se para recarregá-la e foi seguido pela vítima.

Logo após, em virtude dos ferimentos, o pai do acusado caiu ao chão, impossibilitado de se defender. O réu aproveitou-se da situação para terminar de recarregar sua arma e efetuar mais um disparo na cabeça de seu pai.

De volta ao escritório, ao constatar que sua irmã havia trancado a porta e telefonava para a polícia militar, o acusado efetuou um disparo contra a porta.

Como não conseguia entrar na sala, deslocou-se até a janela lateral e, através dela, efetuou outros disparos contra a irmã, que atingiram braço e cabeça e foram causas eficientes de sua morte.

Imagens das câmeras de segurança da empresa não deixam dúvidas quanto à identidade do atirador. Foto: Arquivo

Conforme a denúncia do promotor de justiça Djônata Winter, o crime foi cometido por motivo torpe, relacionado ao destino dos bens do pai.

Segundo informações do processo, o réu não aceitava o reconhecimento da filiação da moça, realizado poucos anos antes, bem como suas consequências quanto ao destino dos bens acumulados por seu pai. O réu desde então está preso na Penitenciária Regional de Itajaí.

Segundo parentes, Franciele começou a procurar o pai aos 12 anos. Um exame de DNA confirmou a paternidade de Osmar e, desde então, eles mantinham uma relação próxima.