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Buscas por idosa já duram 7 dias em SC e Polícia Civil abre inquérito acerca do caso
As buscas com uso de cães e drone foram encerradas e prosseguirão somente com equipes dos bombeiros.
As buscas por Lamya Selenica, de 62 anos, que desapareceu de uma comunidade no interior de Campo Alegre, no Planalto Norte catarinense, completou uma semana.
A idosa, que é de origem israelense, sofre do mal de Alzheimer, é diabética e não fala português (somente Árabe e Inglês).
Ela foi vista pela última vez no dia 12 último, na Comunidade da Nova Galileia onde mora, porém o seu desaparecimento só foi comunicado 30 horas depois, sendo imediatamente iniciadas as buscas pelo Corpo de Bombeiros.
De acordo com o relatório da corporação, que é enviado diariamente à imprensa, dezenas de bombeiros — militares e comunitários — viaturas e equipamentos estão sendo empenhados. Participam da operação bombeiros de Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho.
O Grupo de Resgate em Montanha de Joinville, também deu apoio com rastreadores. Drones estão sendo utilizados para auxiliar nas buscas. Equipes se revezaram para prosseguir com as buscas inclusive no período noturno.
Dois Binômios (dupla de cão e bombeiro especializados em buscas) foram acionados para seguir possíveis rastros da idosa. Os Binômios são formados pelo Cabo Canever e a cadela Leia de Porto União, e o Cabo de Souza e a cadela Zara de Brusque.
DESAPARECIDA
Com autorização da família, foi encaminhada foto com descrição da senhora perdida em Campo Alegre, para divulgação e auxílio da comunidade.
Lamya Selenica tem cabelos escuros, pele clara, estando vestida com blusa vermelha e vestido marrom com azul, calça preta longa. As imagens do vídeo (abaixo) mostram a roupa que ela trajava quando desapareceu.
PISTAS
No sábado a tarde (dia 15), três dias depois de seu desaparecimento, foi encontrado a bolsa de mão com alguns pertences da idosa, na estrada adjacente entre a Comunidade da Nova Galileia e a estrada principal da Avenquinha.
A partir do ponto que foi localizado a bolsa, foi realizado as buscas avançadas, sendo utilizado uma equipe de Bombeiros e um Binômio.
Na segunda-feira (17), os bombeiros receberam informações que a idosa teria sido vista na região de Piên, no Paraná, e em Agudos do Sul. Com auxílio da corporação paranaense foram verificadas as informações, porém nada foi confirmado.
No dia seguinte, logo pela manhã, foram realizadas buscas com o uso dos Binômios e uma equipe fazendo visitas em residências e comércios na cidade Piên, contudo, novamente, nada de concreto foi encontrado.
Próximo das 16h, com os Binômios trabalhando, a cadela Zara foi picada por uma serpente, possivelmente uma jararaca, segundo a corporação. Ainda no local ela recebeu uma dose de soro antiofídico neutralizar o veneno.
Foi preciso interromper os trabalhos e encaminhá-la até a clínica veterinária onde permaneceu internada para maiores cuidados.
PLANEJAMENTO
Todas as informações coletadas durante o dia da busca pelas equipes, são mapeadas e planejadas novas ações para o dia seguinte. Dezenas de quilômetros já foram mapeados e cobertos, tanto por terra como com o auxílio de drones.
No início da noite ontem (19), o Corpo de Bombeiros Militar informou que encerrou as buscas com uso de cães e drone.
“Não foi encontrado novo tipo de vestígio ou indício, ou seja, permanecemos com a última informação válida de sexta-feira (a bolsa encontrada), sem novidades”, informou o 1º Tenente BM João Ricardo.
“Os binômios (bombeiro + cão de busca) já retornaram para suas cidades de origem, pois os locais em que são possíveis trabalhar com tal ferramenta já foram verificados diversas vezes e descartados, ou seja, sem novas informações o trabalho não tem direcionamento e acaba não trazendo novos resultados”, disse o Tenente.
A corporação também informou que, no dia de ontem, foi realizado contato com a Polícia Civil, que já instaurou inquérito acerca do caso.
Nesta quinta (20), ainda haverá prosseguimento com a equipe de bombeiros em buscas pela Sra. Lamia Selenica.
O Corpo de Bombeiros Militar pede que a comunidade continue colaborando, compartilhando as imagens e descrição da idosa, visto que alguém pode ter alguma informação a respeito de seu paradeiro.
