“A primeira coisa que vem na cabeça é: minha filha vai morrer”, disse a mãe de uma bebê de apenas seis meses que, por engano, recebeu o equivalente a 6 doses de vacina contra Covid-19.
A criança deveria tomar a pentavalente, que previne doenças como coqueluche, meningite, tétano e hepatite, porém a profissional da saúde aplicou um frasco inteiro da vacina da Pfizer.
O caso aconteceu no último dia 17 de janeiro na cidade de Altinópolis, em São Paulo. Passados 10 dias, a bebê está sendo monitorada por equipes médicas e deve passar por novos exames na próxima semana.
Segundo a mãe, a menina foi levada ao posto de saúde para receber a vacina pentavalente, porém na hora de ser imunizada, a técnica de enfermagem ‘se enganou” e aplicou um frasco inteiro da Pfizer.
“Quando a gente estava indo embora, ela [técnica de enfermagem] me chamou e disse que tinha aplicado uma vacina errada na minha filha. Na hora que ela foi jogar o frasco fora, ela viu que era o frasco da Pfizer contra a Covid. Ela me disse que ela tomou o frasco inteiro, o frasco equivale a seis doses da vacina da Pfizer, então nem foi uma dose só”, disse a mãe, que também é profissional de saúde.
A profissional que aplicou a dose de Pfizer é colega de trabalho da mãe da bebê e aplica as doses na menina desde que ela nasceu, afirma a mulher.
Bebê foi atendida com agilidade
O primeiro atendimento da bebê foi no próprio posto de saúde, logo depois que a mãe foi informada do erro. Especialistas apontam que o rápido socorro foi fundamental naquele momento.
No mesmo dia, a criança foi levada ao Hospital de Misericórdia de Altinópolis, onde ficou em observação e, no dia seguinte, foi encaminhada para o Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto.
Passados dez dias desde a vacinação, a mãe confessa que ainda está insegura. “A gente sente um alívio por esses dez dias ela não ter apresentado nada, mas fica ainda bem inseguro, porque os médicos ainda não dão certeza de nada”.
Segundo a mãe, a menina está bem, mas o estado de saúde dela ainda inspira cuidados.
“Eles [os médicos] não sabem ainda por quanto tempo que vai ter que estar monitorando ela. Acreditam que vai ser um longo prazo”, disse. “Como, graças a Deus, não está apresentando nada de sinais nem sintomas, vão monitorar com a parte sanguínea, que nos últimos exames estava dando alteração”.