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Maior hospital pediátrico do país, em Curitiba, registra recorde de covid em crianças

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De acordo com a instituição, desde o início da pandemia, nunca foram observados tantos internamentos pela doença como neste mês de janeiro.

O Hospital Pequeno Príncipe (HPP), em Curitiba, maior hospital pediátrico do país e única instituição exclusivamente pediátrica da América do Sul, está em alerta após registrar recorde no número de casos de Covid-19 em crianças.

Segundo o médico infectologista pediátrico Victor Horário, vice-diretor técnico do HPP, a explosão de casos aconteceu nos últimos dias.

“Especificamente neste início de ano nós tivemos um aumento significativo no número de casos. De 1º de janeiro a 20 de janeiro, nós tivemos 291 casos confirmados. Do dia 21 de janeiro a 26 de janeiro foram 148 casos. Então, em cinco dias praticamente a metade do que tínhamos confirmado em 20 dias. É um número que nos preocupa e nos deixa em alerta com a população pediátrica, que ainda não está vacinada”, disse à Banda B.

O número representa cerca de 40% do total registrado em todo o ano passado, quando foram contabilizados 1.295 casos.

Além disso, mais de 42% dos testes feitos no hospital pediátrico em janeiro deram positivo para Covid-19. Ou seja, a cada 100 pacientes que testaram, 42 estavam com o coronavírus.

De acordo com o boletim diário divulgado pelo hospital, nesta segunda-feira (31), haviam 29 crianças internadas com covid-19, recebendo os cuidados necessários. Ao todo, oito crianças estão na UTI e as demais em enfermarias no Hospital Pequeno Príncipe. Desde o início da pandemia foram registrados 15 óbitos.

Diante disso, o especialista destaca a importância da vacinação das crianças que já foram convocadas e, principalmente, dos pais para tentar blindar o alcance do vírus nas famílias.

“A gente reforça a importância de os pais se imunizarem e, mesmo imunizado, continuar utilizando a máscara, a higienização das mãos e evitando aglomeração. Porque a vacina protege contra internamentos, contra a forma grave e até mesmo a mortalidade. Mas ela não evita a doença na forma mais leve, que pode fazer com que você se torne um transmissor”, reforçou.