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Adoção tardia: Prestes a completar a maioridade, adolescente é adotada em SC

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Jovem ganhou reconhecimento formal de família em audiência emocionante; adotante é motorista de carreta e já havia adotado o irmão da menina.

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Às vésperas do Natal, um período em que a esperança se renova, a comarca de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, foi palco de um desfecho emocionante. Uma adolescente de 17 anos, que vivia em uma instituição de acolhimento desde 2019, recebeu o que descreveu como o presente mais esperado de sua vida: o reconhecimento formal de uma nova família.

A jovem completará 18 anos em abril de 2026. Sem a formalização ocorrida na última semana, o futuro apontava para a saída do abrigo sem o amparo jurídico e simbólico de um lar definitivo. O caso é um exemplo de adoção tardia, quando o vínculo de afeto supera as estatísticas e as barreiras da idade.

Vínculo além do papel

A adoção foi realizada fora do cadastro regular devido à inexistência de outros interessados e ao forte laço já existente entre a adotante, Mara Raquel Pires de Lima, e a adolescente. Mara, que é motorista de carreta, já havia adotado anteriormente o irmão da jovem.

O juiz Marcio Preis, titular da Vara da Família e da Infância e Juventude, destacou a sensibilidade do momento. “As tratativas vinham ocorrendo de longa data. A audiência foi muito emocionante e representou um maravilhoso compromisso de caridade e amor por parte da mãe”, ressaltou o magistrado.

“Peço isso a Deus todos os dias”

A história de Mara com a adolescente começou anos atrás, durante as visitas ao abrigo para ver o filho já adotado. O afeto cresceu em passeios e conversas, até que, no ano passado, a menina a chamou de “mãe” pela primeira vez.

“Ano passado ela me chamou de mãe, me deu um arrepio. Eu me perguntei se aquilo era um sinal”, recorda Mara. Em dezembro, ela decidiu oficializar a relação. A resposta da adolescente ao convite foi imediata: “Quero muito, peço isso a Deus todos os dias”.

Mãe guerreira

Mara, que agora celebra a família completa com três filhos, não esconde o orgulho de sua trajetória e de sua profissão. “Sou uma mãe guerreira, motorista de carreta, e batalho muito para dar o melhor aos meus filhos. Deus sempre sabe o que a gente precisa e eu sempre quis ter uma família grande”, compartilha.

A decisão judicial garante que, mesmo após completar 18 anos, a jovem terá todos os direitos e o suporte de uma estrutura familiar sólida, reafirmando que o amor e o pertencimento não têm prazo de validade.

*Com informações do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

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