A chuva registrada em Santa Catarina durante o mês de fevereiro ficou em taxas mais próximas da média histórica do que nos meses anteriores. Ou seja, o déficit de chuva foi menor.
Mesmo assim, a precipitação ficou abaixo do esperado mensalmente em quase todo o território catarinense conforme o Boletim Hidrometeorológico Integrado, divulgado pelo Governo do Estado. Com isso, os efeitos da estiagem se intensificaram em algumas áreas, dado os vários meses com déficit hídrico. A região mais afetada é a Oeste, embora praticamente todo o estado sinta os efeitos da seca.
A maior parte da precipitação registrada em Santa Catarina no mês foi provocada por temporais isolados, ocasionados pela combinação de calor, umidade e instabilidades em vários níveis atmosféricos.
A previsão para o trimestre entre março e maio de 2022, de uma forma geral, é de que a chuva permaneça abaixo da média em Santa Catarina. No entanto, na primeira quinzena de março a expectativa é de chuva mais frequente para as áreas do Centro e do Leste.
Índice de Seca
Entre os dados divulgados pelo Boletim Hidrometeorológico também está a classificação da estiagem que atinge o estado de acordo com o Índice Integrado de Seca, que leva em consideração tanto as condições dos rios, a água disponível no solo e o efeito da falta de chuva na vegetação.
Conforme os dados desta edição do Boletim, dos 295 municípios, seis estão em condição normal diante da estiagem, 18 enfrentam seca fraca, 70 seca moderada, 129 estão em condição de seca severa, 70 tem registro de seca extrema e dois apresentaram índice de seca excepcional.
As áreas que concentram a maioria das cidades com os índices mais graves são o Extremo Oeste e o Oeste, onde estão localizados Bom Jesus do Oeste e Jupiá.
O novo resultado também aponta um acréscimo significativo no número locais em seca extrema – na última edição do Boletim, de 18 de fevereiro, foram 33 classificados em seca extrema Nenhum município havia atingido o nível de seca excepcional no documento anterior.
Longa duração
A estiagem já se estende por quase três anos em Santa Catarina. “Dado esse contexto, estamos trabalhando em ações de curto, médio e longo prazo”, explica o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira.
Ele explica que, especialmente por meio de parcerias com a Casan e de investimentos destinados à agricultura, o Governo do Estado tem atuado para mitigar os efeitos da seca.



