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Turista é queimado vivo por causa de boatos no whatsapp, no México

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Este não é o primeiro caso de linchamento por causa de boatos de sequestros de crianças no México. Em 2018, quatro pessoas foram queimadas vivas pelo mesmo motivo.

Infelizmente ainda tem muita gente que acredita nas “correntes do zap”. Um turista foi linchado e queimado vivo após o boato de que ele seria um “ladrão de crianças” circular entre os moradores de uma comunidade no México.

A mentira foi repassada através do Whatsapp, e cerca de 200 pessoas enfurecidas capturaram o homem, impedindo polícia e paramédicos de se aproximar. Daniel Picazo, de 31 anos, foi linchado e queimado vivo.

Foto: Reprodução

O caso aconteceu na noite de sexta-feira feira (10) depois que um boato se espalhou na localidade de Papatlazolco sobre uma suposta tentativa de sequestro de um menor.

Polícia e paramédicos deslocaram-se ao local, mas nada puderam fazer pelo homem porque a turba de assassinos não permitiu sua passagem. Quando o resgate finalmente conseguiu chegar a Daniel, ele já não apresentava sinais vitais. O jovem, segundo o jornal local “El Universal”, estava apenas passeando pela cidade como turista.

Alguns moradores comentaram que havia medo na comunidade depois que um áudio circulou pelo WhatsApp alertando as famílias para cuidarem de seus filhos, já que haveria desconhecidos circulando na região com a intenção de levar crianças.

Em nota, o governo municipal condenou “fortemente” o ato e garantiu que as autoridades estão investigando o ocorrido para apurar quem é o responsável pelo caso.

Este não é o primeiro caso de linchamento por causa de boatos de sequestros de crianças no México. Em agosto de 2018, quatro pessoas foram queimadas vivas em menos de 48 horas por causa de boatos espalhados por celular sobre supostos roubos de crianças.

O primeiro caso aconteceu quando dois homens foram detidos pela polícia por ingerir bebida alcoólica na rua, porém correu o boato de que estariam tentando roubar crianças.

Os vizinhos se reuniram em frente à delegacia e retiraram à força os dois, de 22 e 53 anos, os espancaram, amarraram, jogaram gasolina e atearam fogo enquanto ainda estavam vivos. A multidão também queimou uma van em que eles estavam.

Em seguida ao assassinato dos dois homens, o Ministério Público do estado afirmou que eles não tinham conexão com crimes.

Já no outro dia, duas pessoas, um homem e uma mulher, foram linchados e queimados vivos pelos moradores de uma comunidade de outro município mexicano.

Os moradores os detiveram, acusando-os de tentar roubar uma criança. A polícia apareceu, mas foi agredida e teve que fugir.

Segundo relatos, os moradores enfurecidos atearam fogo às duas pessoas. O homem perdeu a vida no local do ataque, e a mulher ainda conseguiu ser transferida para um hospital, onde também morreu.

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