Dos três homens presos no sábado (20) por envolvimento no assassinato de Eliana Maria Stickel Francisco, de 46 anos, e Agostinho Petry, de 57 anos, dois têm parentesco com a mulher.
A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (22) que Agenor Manoel Francisco, que é ex-marido de Eliana, e Maicon Manoel Francisco, filho dela com Agenor, são suspeitos de mandarem matar o casal em Timbó, no Vale do Itajaí. O terceiro homem, Nicolas Cardoso Tavares Pinto, seria um dos executores.

A defesa dos suspeitos é feita pelo advogado Marco Aurélio Marcucci. “Inicialmente, pai e filho, obviamente, negam qualquer tipo de mando”, afirmou Marcucci. “Nicolas Cardoso, suspeito de ser executor, também nega envolvimento nas mortes”, afirmou o advogado. Na defesa dos três investigados também atua a advogada Natália Ponciano.
Investigação
O delegado responsável pelo caso, André Beckmann, afirmou que os presos ficaram em silêncio durante o interrogatório. A principal suspeita de motivação é uma disputa relacionada a imóveis.
Conforme o delegado, Eliana se separou do ex-companheiro em outubro do ano passado e precisou entrar na Justiça por causa da divisão dos bens, como propriedades em Indaial, Presidente Nereu e Joinville. Inconformado com o fim da relação e sem concordar com a partilha, pai e filho decidiram matá-la.
Beckmann também disse que o pai e o filho suspeitos estavam com malas e que havia R$ 9 mil em dinheiro dentro delas. Eles ainda estavam com duas cartas. Esse material foi apreendido, junto com celulares. Os aparelhos passarão por perícia.
O delegado não deu detalhes sobre como chegou aos homens ou a motivação para os assassinatos. No total, há quatro suspeitos. O quarto homem está foragido. Ele é suspeito de ser outro executor. Os quatro homens estavam com a prisão preventiva decretada desde a noite de sexta-feira (19).
“Durante as investigações, a Polícia Civil demonstrou que dois homens, de 19 e 21 anos, vieram a Timbó na madrugada de 15 de julho e, ainda no mesmo dia, assassinaram Eliane e Agostinho. A investigação também identificou dois mandantes do crime”, informou em nota a Polícia Civil.
Com o suspeito de ser um dos executores, foi encontrada uma pistola com 11 balas, o que também resultou na prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Os três investigados foram levados para o Presídio de Joinville.



